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Sem empresa contratada, Guarulhos sofre com falta de iluminação nas ruas

Com o fim do contrato entre a Prefeitura de Guarulhos e a EDP Bandeirante para a prestação de serviços de manutenção na rede de iluminação pública, a população – apesar de pagar compulsoriamente a taxa CIP (Contribuição para Iluminação Pública) nas contas – não tem a quem recorrer diante da escuridão que toma conta de muitas ruas do município. A administração ainda não contratou uma empresa substituta. Desde fevereiro, não são realizados serviços de manutenção na cidade. A Prefeitura também não informa o que está fazendo com o dinheiro arrecadado todo mês com a CIP. 
 
O GuarulhosWeb vem recebendo diversas demandas sobre problemas na reposição de lâmpadas e consertos na rede de iluminação, que vêm dos mais diversos pontos da cidade. Nesta terça-feira à noite, por exemplo, a praça Gilberto Van Mills, no Macedo, se encontrava com toda a iluminação apagada.
 
Na rua Macambau Jardim Presidente Dutra, um morador já ligou cinco vezes para solicitar o reparo na iluminação pública e escutou que ue a Bandeirante não tem contrato com a Prefeitura.  No mesmo bairro, a rua Satiro Dias está completamente as escuras. Nenhum poste tem lâmpada acesa. Diversas demandas são de solicitações realizadas ainda no ano passado e que não foram atendidas pela EDP. Atualmente, quem liga para os serviços da Prefeitura recebe a informação que não existe uma empresa contratada e que os reparos não são realizados. 
 
O vereador Marcelo Seminaldo (PT), que presidiu a Comissão Especial de Estudos, aberta pela Câmara Municipal, para investigar a qualidade do serviço prestado pela EDP Bandeirante, sugeriu a contratação de outra prestadora em caráter emergencial para sanar as deficiências existentes até a definição do processo licitatório. Ele entende que pelos prejuízos sofridos durante o seu período de instalação, a CEE – concluída nesta quarta-feira – pode ser reaberta. 
 
“O resultado ficará inconclusivo porque ficou faltando uma parte das comprovações que a gente necessita. Mas a gente vai abrir uma nova CEE. O tempo que tivemos para averiguar isso foi muito curto em razão da aprovação da CEE antes do recesso e o tempo foi correndo, prorroguei o prazo conforme regimento, porém, vieram o carnaval, a páscoa. E tem pontos a serem aparados”, explicou Seminaldo.
 
De acordo com ele, é necessário haver uma maior apuração sobre a execução de serviços prestados pela EDP Bandeirante como a manutenção em pontos de energia, além de ressaltar a importância em comprovar os aspectos que geram polêmica. O parlamentar apontou a necessidade em contratar uma nova empresa em caráter de emergência para atender os anseios da população, já que a antiga prestadora não demonstrou interesse em continuar os trabalhos e deixou de atender a cidade desde meados de fevereiro, conforme acordo contratual.
 
“No momento eu recomendaria que a Prefeitura fizesse um contrato emergencial, não necessariamente com a EDP, mas com qualquer outra empresa que atenda aos requisitos necessários para atender à população. Não dá para ficar sem um serviço básico como esse”, apontou o vereador Marcelo Seminaldo (PT).
 
Já o prefeito Sebastião Almeida (PT) afirmou que irá se manifestar somente após a conclusão do processo licitatório, que ainda não tem prazo para seu desfecho. O mandatário explicou que somente com o resultado em mãos é possível avaliar ou opinar sobre o assunto. Os envelopes do certame foram abertos no dia 22 de março e contou com a participação de nove empresas.
 
Confira a relação das empresas e os valores apresentados:
1º – Construtora Remo = R$ 18,7 milhões;
2º – Consórcio GRU = R$ 20,6 milhões;
3º – Citeluz Serviços de Iluminação = R$ 22,7 milhões;
4º – Terwan Soluções em Elétrica = R$ 22,9 milhões;
5º – Ilumitech Construtora = R$ 27,4 milhões;
6º – Lumipar Serviços de Iluminação = R$ 29,8 milhões;
7º – Urbeluz Energética = R$ 31,2 milhões;
8º – Consórcio Scave / Enertec = R$ 37,4 milhões;
9º – FM Rodrigues = R$ 44,5 milhões
 

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