Não teve Gisele Bündchen, despedida, ator internacional nem muvuca. Mas teve roupa bonita e bem acabada. Conhecida por seu jeanswear e looks comerciais e urbanos, a marca trouxe um espírito mais calmo para a coleção inverno 2016.
Inspirados na natureza de lugares desérticos, os estilistas Adriana Zucco e Jeziel Moraes apostaram em peças de chamois, bordados e botas de camurça trançadas, em tons de azul, verde e marrom, como opções de conforto e fuga para a correria do dia a dia nas metrópoles. As peças vêm em modelagens que remetem aos anos 1960 e 1970, com destaque para as calças curtas, que apareceram tanto para elas quanto para eles.
O desfile e a coleção:
1. Rota de fuga
A inspiração para o desfile veio dos desertos de Gob, na Mongólia, da Namíbia e da Laguna Colorada, no Chile. “Quisemos propor uma jornada pela natureza”, diz Adriana Zucco, estilista da marca.
“Nossa consumidora é extremamente urbana e em geral nos inspiramos nas grandes metrópoles, mas sentimos que é importante buscar uma fuga para renovar as energias e a natureza proporciona isso.”
2. Tecido novo
Peças de chamois, com cheiro de anos 1960 e 1970, são a grande novidade na coleção. Segundo Adriana, nunca foi tão usado pela grife.
3. A eleita
A estilista tem uma peça preferida: uma capa de denim, que lembra trench, com bordados à maquina inspirado nos trabalhos artesanais. Feita de chambray leve e sem lavagem, tem shape amplo, que lembra o universo do japonismo. “Essa mistura de informações dá uma leitura de alfaiataria interessante ao denim”, diz Adriana.
4. Tudo dividido
Todo o processo de confecção da coleção é dividido. Existe ateliê só para bolsas, um para sapatos, para casacos e blazers e outro para vestidos e blusas.
5. Nas lojas
Em geral, 10 a 15 itens de cada coleção são escolhidos para ganharem versões comerciais. “Não adiantaria fazer uma peça como essas, que custam uma fortuna e não são acessíveis”, explica.
6. Make colorido
Azul, rosa, lilás e verde foram as cores escolhidas para iluminar os olhos. O blush veio em um tom leve de laranja. Para maquiar cada modelo, os maquiadores levaram em média 15 minutos.
7. A todo volume
No backstage, o maquiador Henrique Martins mantém o som a todo o volume. “Coloco no Spotify e deixo rolar”, disse. O hip hop predomina para animar a equipe de quase 50 pessoas, incluindo maquiadores e cabeleireiros.
8. Novo corte
Os modelos masculinos receberam cortes no cabelo personalizados para valorizar o rosto de cada um.
9. Passarela cheia
A Colcci é uma das marcas que leva um grande número de modelos à passarela, pois apresenta a coleção masculina e feminina ao mesmo tempo. Nesta edição, foram 54 modelos.
10. Primeira fila de globais
Se nos outros desfiles a primeira fila era tomada principalmente por blogueiras, neste compareceram atores como Joaquim Lopes, Daniel Rocha e Giovanna Ewbank.
11. Sem Gisele
Comunicado oficial da marca: a Colcci não está órfã da top e não busca substituí-la. Embora tenha se aposentado das passarelas depois de desfilar para a coleção de verão 2016, Gisele Bündchen continua a estrela das campanhas da grife no ano que vem.