Cidades

Sem jogar a toalha

Apesar das palavras bonitas, apertos de mão e abraços após as prévias que definiram o nome do ex-prefeito Elói Pietá como o pré-candidato do PT ao Bom Clima, para muitos “alencardistas”, o jogo não terminou. O deputado estadual Alencar Santana, derrotado no sábado, ainda não abandonou o sonho de ser o nome do partido à sucessão de Almeida. Para tanto, aposta na lei da Ficha Limpa, que poderia inviabilizar a candidatura do companheiro.
 
 
 
“Não contavam com minha astúcia”
 
No entanto, o vereador e ex-secretário Moacir de Souza – que foi determinante para a derrota de Alencar – costurou tão bem a decisão de declinar de sua candidatura nas prévias em favor de Elói, que ganhou algumas garantias. Ele será o nome do partido numa possível impossibilidade do titular pela Justiça. “Está tudo acertado”, diz gente muito próxima do professor.
 
 
 
Os derrotados
 
Alencar, no entanto, não foi o único derrotado no embate interno do PT. O prefeito Sebastião Almeida seria o maior dos perdedores, já que não conseguiu usar da força de sua caneta para garantir seu pupilo na sucessão. Secretários e vereadores mais próximos também morderam a língua e precisarão engolir Elói. Fora os aspones, muitos vira-casacas, que mudaram de lado em busca do céu e têm tudo para irem para o inferno.  
 
 
 
Herança maldita
 
Elói Pietá, que venceu as prévias, não terá vida fácil em sua caminhada. Diferente de 2000, quando ganhou as eleições de Jovino Cândido (PV), hoje ele não tem condições de se vender como o “novo”, o “contra tudo que está aí” e muito menos como aquele que pode superar a “herança maldita” deixada por seu antecessor. Mesmo porque o ex-prefeito é responsável direto pela administração de Almeida. “Foi ele quem construiu o monstro”, aponta um analista próximo ao poder.
 
 
 
Unanimidade
 
Além de alguns setores da oposição, que já partiram para o ataque a Elói, publicando notícias sobre problemas em sua administração, o ex-prefeito tem contra si a força do funcionalismo público municipal. É quase unanimidade a reprovação do “bigode” junto aos servidores. É apontado como um dos piores prefeitos, já que não respeitou a categoria nem no momento de repassar os índices inflacionários nos reajustes salariais anuais. As perdas acumuladas nos anos de Elói jamais foram repostas.
 

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