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Sem Messi, Argentina perde para Bolívia em La Paz e se complica nas Eliminatórias

Sem Messi e na altitude de La Paz, a Argentina não foi páreo diante da Bolívia e se complicou nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Nesta terça-feira, faltou fôlego e qualidade para a seleção de Edgardo Bauza, que caiu por 2 a 0 diante dos bolivianos e pode deixar a zona de classificação para o Mundial ao fim da 14.ª rodada.

A derrota da Argentina começou a ser desenhada horas antes do apito inicial em La Paz, quando a Fifa decidiu suspender Messi por quatro jogos por ter insultado o árbitro assistente brasileiro Emerson Carvalho no duelo com o Chile, na quinta-feira passada.

E o time argentino deu mais uma prova do quanto sofre sem o craque. Nas Eliminatórias, já são quatro empates, três derrotas e apenas uma vitória quando Messi não atua. Com ele, o retrospecto é completamente diferente: cinco vitórias e somente uma derrota.

Sem sua referência e na altitude de La Paz, onde costuma sofrer, a Argentina foi dominada pela Bolívia e parou nos 22 pontos, podendo terminar a rodada apenas na quinta posição. Já os bolivianos chegaram a 10 pontos e estão fora da briga por vaga no Mundial, mas tiveram motivos para sorrir nesta terça com os gols de Juan Carlos Arce e Marcelo Moreno.

O JOGO – Não bastasse a ausência de Messi, Bauza escalou uma Argentina repleta de desfalques nesta terça. Sem Mercado e Mas, lesionados, Otamendi, Biglia, Mascherano e Higuaín, suspensos, o treinador foi obrigado a levar a campo um time desfigurado, também sem Agüero, este fora por opção.

Desde o início, os visitantes foram dominados pela Bolívia, que contava com um setor ofensivo bem conhecido dos brasileiros, com Chumacero, ex-Sport, Pablo Escobar, ex-Ponte Preta, Arce, ex-Corinthians, e Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro, Grêmio e Flamengo. Com rápida movimentação, os anfitriões abusavam das jogadas pelo lado do campo e assustavam Romero.

Aos 14 minutos, Chumacero fez grande jogada pela direita e cruzou. Arce apareceu quase na pequena área e só não marcou porque foi travado pela defesa. Três minutos depois, Castro arriscou de longe, a bola não foi muito forte, mas ganhou velocidade pela altitude. Romero espalmou para escanteio.

Aos poucos, a Argentina passou a se sentir mais confortável e saiu nos contra-ataques. Banega chegou a exigir boa defesa de Lampe em chute de longe. Mas a melhor chance da equipe aconteceu aos 28, quando Corrêa fez ótima jogada pela direita e deu enfiada perfeita para Di María, que tentou tocar por cobertura, mas também parou no goleiro.

Quando os argentinos pareciam melhores, uma falha grave individual na defesa resultou no primeiro gol da Bolívia. Aos 30 minutos, Escobar se encontrava sem opção no meio de campo e lançou para a área. Arce aproveitou cochilo de Roncaglia, ganhou pelo alto e desviou quase de costas, matando Romero.

Talvez para recuperar fisicamente os jogadores, Bauza só liberou o retorno da Argentina para o segundo tempo após mais de 20 minutos de intervalo. E de cara, Di María mostrou uma atitude diferente, chamando o jogo e tentando chute de longe, que Lampe defendeu.

Mas o balde de água fria veio logo na sequência. Com apenas sete minutos, Flores ganhou a frente de Roncaglia com facilidade, foi à linha de fundo pela esquerda e cruzou para a área. Marcelo Moreno, sozinho, teve tempo de dominar antes de fuzilar para a rede.

O segundo gol esmoreceu a Argentina, que tentou em ocasiões esporádicas com Pratto. Agüero finalmente foi colocado em campo, mas nada pôde fazer. Do outro lado, a Bolívia passou a explorar o contra-ataque e chegou mais perto de marcar, novamente com Marcelo Moreno, travado quando bateria da marca do pênalti.

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