O Barcelona entrou em campo nesta quinta-feira sem duas das estrelas de seu trio de ataque. Com a ausência de Messi e Neymar, a responsabilidade de liderar o time catalão ficou sobre Luis Suárez, e o uruguaio correspondeu à altura. Marcou os três gols da vitória por 3 a 0 sobre o Guangzhou Evergrande, em Yokohama, e garantiu a vaga na decisão do Mundial de Clubes.
Neymar já era dúvida, por conta de uma lesão fibrilar na coxa esquerda, mas a grande surpresa foi a ausência de Lionel Messi, que reclamou de cólicas renais momentos antes da partida. Com os desfalques e os substitutos – Sergi Roberto e Munir – em baixa, coube a Suárez comandar o show em um duelo que se mostrou mais difícil que o esperado, principalmente no primeiro tempo, quando o Barcelona não encontrava espaços para infiltrar na defesa adversária.
Mas a esperada vitória veio, e com ela a vaga na grande decisão de domingo, às 8h30 (de Brasília). Novamente em Yokohama, o Barcelona terá pela frente o River Plate, que teve bem mais dificuldade na semifinal para passar pelo Sanfrecce Hiroshima por 1 a 0. O favoritismo novamente está todo do lado catalão, que busca seu terceiro título do torneio. O River tem um.
Como era de se esperar, nesta quinta-feira o Barcelona atuou dentro de suas características e ficou com a bola desde o início. Os 75% de posse vistos ao fim de jogo já se faziam notar nos primeiros minutos, assim como a forte retranca do Guangzhou de Luiz Felipe Scolari, que impedia as infiltrações dos espanhóis.
Com tão pouco espaço, somente a genialidade de Iniesta era capaz de mudar o panorama da partida. O problema é que Munir não acompanhava o nível do companheiro. Em duas oportunidades o experiente meia deixou o jovem atacante em ótimas condições dentro da área para marcar, mas ele desperdiçou ambas.
Aos 33 minutos, o lance mais chocante da partida: a grave lesão de Zheng Zou, aparentemente uma fratura exposta após lance com Daniel Alves. O jogador ficou com o pé preso à grama quando caia após empurrão do brasileiro.
Com a bola rolando, o Barcelona marcaria o primeiro gol logo depois. Ainda sem conseguir entrar na área, o time decidiu chutar de longe, e a estratégia deu certo aos 38. Rakitic encheu o pé da intermediária, Li espalmou para frente e Suárez apareceu no rebote para tocar para a rede.
O gol acendeu um pouco o Guangzhou, que cresceu no fim do primeiro tempo e chegou a ter ótima oportunidade aos 40 minutos. Após falta da direita, Elkeson desviou e só não marcou porque Cláudio Bravo voou para fazer grande defesa.
Mas no segundo tempo, o Barcelona voltou mais organizado, aproveitou os poucos erros da defesa do Guangzhou e definiu a classificação. Com apenas quatro minutos, Iniesta voltou a ser genial, mas desta vez o lançamento perfeito do meia caiu nos pés certos, de Suárez, que bateu na saída de Li para ampliar.
O próprio Iniesta quase marcou um golaço na sequência, de fora da área, mas o dia era mesmo de Suárez, que selou o placar em lance bastante polêmico. Aos 21 minutos, Munir recebeu ótima enfiada de Daniel Alves, resvalou no marcador e caiu na área. O árbitro deu pênalti, que o uruguaio bateu com firmeza para marcar o terceiro. Daí para frente, o que se viu foi o Barcelona tocar de lado, esperando o apito final diante de um Guangzhou sem respostas.
FICHA TÉCNICA:
BARCELONA 3 X 0 GUANGZHOU EVERGRANDE
BARCELONA – Claudio Bravo; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba (Adriano); Busquets, Rakitic, Iniesta (Samper) e Sergi Roberto (Sandro); Munir e Suárez. Técnico: Luis Enrique.
GUANGZHOU EVERGRANDE – Li Shuai; Zhan Linpeng, Feng Xiaoting, Kim Young Gwon e Zheng Zou (Li Xuepeng); Zheng Zhi, Paulinho, Huang Bowen, Zheng Long (Yu Hanchao) e Ricardo Goulart; Elkeson (Gao Lin). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
GOLS – Suárez, aos 31 minutos do primeiro tempo, aos quatro e aos 21 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Joel Aguilar (Fifa/El Salvador).
CARTÃO AMARELO – Feng Xiaoting (Guangzhou Evergrande).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Internacional de Yokohama (Japão).