Além de ter consolidado os bons números do técnico Tite à frente da seleção brasileira, a vitória por 2 a 0 diante do Uruguai, na noite de terça-feira, foi marcada pela ausência de Neymar mais uma vez. O craque não pôde jogar em decorrência de uma lesão e isso tem se tornado recorrente. Desde a eliminação do Brasil na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o camisa 10 foi desfalque na metade dos confrontos que o time nacional disputou.
Ao todo foram 26 jogos. Neymar participou exatamente de 13. Isso, contudo, não significa que o rendimento da seleção tenha caído. Na verdade, sem sua referência dentro dos gramados, o Brasil manteve o mesmo aproveitamento: nove vitórias, três empates e uma única derrota.
Tite, apesar de admitir que o craque faz falta, avalia que manter o mesmo rendimento seja natural. "Em um lance individual, ele faz aquilo que ninguém imagina. Tem a clarividência de fazer. Mas a gente tem que saber trabalhar. Fomos campeões da Copa América sem ele, sentindo a falta dele. É inevitável", ponderou o treinador.
Desde que Tite assumiu o comando do Brasil, em setembro de 2016, a seleção acumula 38 vitórias, 10 empates e apenas quatro derrotas. Isso em 52 jogos, o que atribui ao treinador um aproveitamento de quase 80%.
O zagueiro Thiago Silva avaliou que, apesar das ausências – não só de Neymar, já que a seleção acumulava oito desfalques (Rodrigo Caio, Fabinho, Philippe Coutinho, Pedro, Éder Militão, Casemiro e Gabriel Menino), – o bom resultado diante do Uruguai representa a força e determinação do grupo.
"Acredito na força do grupo, determinação, o respeito ao nosso rival (Uruguai), que aqui dentro é muito forte. Embora a gente estivesse sem nossos principais jogadores, o principal, que é o Neymar, fizemos um grande jogo, conseguimos anular as principais jogadas do Uruguai, que é um adversário muito difícil. É motivo de muita alegria, muito orgulho desse grupo", comemorou o defensor, após a vitória.
Agora o Brasil volta a campo apenas em março de 2021. A primeira partida acontece contra a Colômbia, fora de casa, em Bogotá ou em Barranquilla. Em seguida, Tite e seus comandados recebem a Argentina, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.