Cidades

Sem ponte nova, moradores da Vila Any dividem espaço com motocicletas

Desde a interdição da ponte que liga os bairros de Vila Any, em Guarulhos, e o Itaim Paulista, na Capital, em outubro de 2014, moradores dos dois lados precisam dividir o acesso, realizado através de uma passarela, com motocicletas. De acordo com informativos locais, o prazo para entrega do empreendimento viário está previsto para outubro deste ano. 
 
No entanto, quando o assunto é a atual situação em que se encontra a reestruturação ou reconstrução da ponte, o verbo reclamar é o mais utilizado pelos populares. Eles entendem que as obras de reparo no local não estão em evolução. Essas benfeitorias começaram em outubro do último ano para correção de falhas estruturais. Para possibilitar a travessia entre municípios foi instalada uma passarela, no final do último ano, que além dos pedestres também é utilizada por motociclistas.
 
Entretanto, a travessia só pode ser realizada a pé e não mais por automóveis. Mesmo que a impressão seja a da morosidade no andamento das obras, o que pode ser visto são apenas os pilares de sustentação para a nova ponte. "Movimento da gente é tudo aqui no Itaim Paulista. Tem que dar a volta em São Miguel (Paulista) e andar uns 40 minutos a mais de carro", revelou uma morada da Vila Any.
 
Sem fiscalização alguma por parte das prefeituras de Guarulhos e São Paulo, motoqueiros atravessam sem ser incomodados de um lado para o outro e dividem o limitado espaço com os pedestres. "(A) Mulherada vem com criança, motoqueiro que passa e não desce da moto, (e) vai desviando de um e as vezes pega o guidom da moto, (e) bate nas pessoas", reclamou outro morador guarulhense.
 
Para amenizar os efeitos causados pela ausência de acesso em melhores condições, populares usam o transporte alternativo oferecido, principalmente na área que pertence à Capital para chegar ao lado guarulhense. O custo é de R$ 3. O destino destas vans é a estação Itaim Paulista da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e alguns pontos de ônibus nas proximidades da Vila Any. "População está toda prejudicada por dar essa volta de 12 km".
 
No final do último mês, em entrevista ao SPTV 1ª edição, o secretario de Transporte e Trânsito (STT), Atílio Pereira, afirmou que mesmo com as dificuldades existentes para a conclusão da obra, o cronograma de entrega não será alterado. Ele também revelou, na ocasião, que a ponte terá uma ciclovia e espaço suficiente para o tráfego de dois carros em sentidos contrários.
 
"Não é uma obra fácil de fazer. Existe muita complexidade por que é um espaço pequeno e a gente tem que ser até criativo para executar essa obra no tempo necessário. Seis meses é o tempo que temos para entregar", encerrou Pereira.
 

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