A organização do Masters 1000 de Roma, na Itália, confirmou nesta quarta-feira que o sérvio Novak Djokovic poderá competir normalmente neste ano, apesar de não ter comprovante de vacinação contra a covid-19. A competição, uma das principais da gira de saibro na Europa, será disputada entre os dias 8 e 15 de maio.
"As regras relativas à participação dos tenistas no torneio são estabelecidas pelo governo e pela ATP", declarou o presidente da Federação de Tênis da Itália, Angelo Binaghi. O dirigente indicou que contou com a aprovação do governo para permitir a entrada de tenistas não vacinados na competição. Ele fez as declarações ao lado de Valentina Vezzali, secretário de esportes do governo italiano.
Pelas regras atuais do governo italiano, podem entrar no país pessoas que apresentem comprovante de vacinação ou alguma prova de que já se infectou com a doença ou ainda teste negativo para a covid-19. Djokovic alega que já contraiu o vírus duas vezes, a últimas delas em dezembro do ano passado.
O líder do ranking não pôde disputar o Aberto da Austrália, em janeiro, justamente por não ter se vacinado. Ele chegou a entrar no País, acionou a Justiça para poder competir em Melbourne, mas acabou sendo deportado, num dos casos mais rumorosos da história recente do tênis mundial.
Sem o comprovante de vacinação, Djokovic também não pôde disputar os dois primeiros Masters 1000 do ano, em Indian Wells e em Miami, ambos nos Estados Unidos, nos últimos meses. Nesta semana, ele compete no Torneio de Belgrado, cujos direitos pertencem a sua família. Trata-se apenas da sua terceira competição no ano. Antes, esteve em Dubai e em Montecarlo, na semana passada, quando foi eliminado logo na estreia.
Djokovic tem cinco títulos no saibro de Roma. No ano passado, foi derrotado pelo espanhol Rafael Nadal na final. O tenista da Espanha não deve competir na edição deste ano, em razão de problemas físicos.
RÚSSIA E BELARUS
Ainda nesta quarta, a organização do torneio italiano anunciou que não terá nenhuma restrição aos tenistas russos e belarussos, vetados de competir em Wimbledon, em anúncio feito mais cedo nesta quarta. No entanto, o governo avisou que "sempre estará ao lado dos atletas ucranianos".