Cidades

Sem vergonha

“Vergonha, vergonha, Câmara sem vergonha!!!!” Se houvesse uma torcida organizada no plenário do Legislativo de Guarulhos nesta quinta-feira, provavelmente esse seria o coro entoado quando a sessão foi encerrada pelo vice-presidente Laércio Sandes (DEM) em sete minutos por número insuficiente de vereadores em plenário.
 
 
 
Ausentes mas presentes
 
Diferente do que muita gente pensa, as sessões encerradas por falta de quórum não significam necessariamente que os vereadores não estão na Câmara. Normalmente, eles ficam próximos ao plenário. Mas – dependendo da conveniência e do clima político – manobram em retirada para derrubar os trabalhos.
 
 
 
Outro verde
 
Em nota enviada à imprensa ontem, o ex-secretário estadual de Turismo, Roberto de Lucena (PV), que acabou de deixar o posto em tempo hábil de disputar as eleições municipais, informou que retorna à Câmara Federal como deputado de Guarulhos, já que transferiu seu domicílio eleitoral de Santa Isabel para cá. Ele reconhece que Jovino Cândido é o primeiro da fila dos verdes, mas se coloca à disposição do partido como possível pré-candidato a prefeito. Em 2014, Lucena obteve 2.204 votos na cidade.
 
 
 
Sem plano B
 
Pessoas próximas a Jovino garantem, entretanto, que não existe plano B no PV. Que o ex-prefeito é o pré-candidato do partido, com o empresário Décio Pompeo como vice. Aliás, um leitor enviou mensagem à coluna lembrando que não foi apenas o tucano Carlos Roberto, citado na terça-feira, o único que não teve até hoje qualquer ligação com os governos do PT. “Jovino também nunca bebeu dessa água”, afirmou.
 
 
 
Com que roupa?
 
Tirando os maiores partidos que têm posições definidas em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), siglas menores deixam seus representantes em nível municipal malucos na hora de se manifestar contra ou a favor do governo federal. O que mais tem são vereadores e pré-candidatos sem a mínima ideia de que lado estão. Enquanto batem cabeça por aqui, seus caciques em Brasília tentam se aproveitar do momento “quem dá mais”.
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