O Senado italiano aprovou o Orçamento para 2018, abrindo caminho para a dissolução do parlamento já na próxima semana. De olho nas eleições do próximo ano, os legisladores aprovaram um orçamento que evita medidas impopulares e busca prolongar uma expansão econômica que já é a mais forte do país desde 2011. A Câmara Baixa da Itália tinha aprovado o orçamento na sexta-feira.
Agora, o presidente italiano, Sergio Mattarella, deve dissolver o parlamento e convocar novas eleições, que devem ser realizadas dentro de 70 dias. Espera-se uma votação no começo de março.
O orçamento de 20 bilhões de euros se concentra em medidas para elevar a arrecadação e evitar uma série de aumentos automáticos de impostos que entrariam em vigor no próximo ano. Também estabelece um imposto que vai afetar empresas como Amazon e Facebook.
O Partido Democrático, da situação, que vê seus índices de aprovação caindo nas pesquisas, pretende entrar na eleição com a economia em alta. A economia italiana deve crescer 1,5% em 2017, no ritmo mais acelerado desde 2011.
O orçamento inclui incentivos para companhias que investem em maquinário ou outras melhorias. Também introduz medidas de combate à pobreza. Mais de 4,7 milhões de italianos vivem em pobreza absoluta, quase o dobro do número registrado há uma década, de acordo com a agência nacional de estatísticas, Istat.
Companhias que empregam jovens com contratos de longo prazo terão suas contribuições para a previdência reduzidas por um período de três anos. A medida tem como objetivo reduzir a taxa de desemprego entre jovens, de 35%.
Outra medida importante vai forçar companhias a pagar, a partir de 2019, um imposto de 3% sobre serviços específicos da rede, para tirar mais dinheiro de gigantes da internet como Amazon, Apple e Google. Essas companhias evitam boa parte dos impostos da Itália alegando que não têm uma presença estável no país. Fonte: Dow Jones Newswires.