O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse nesta quinta-feira, 1º, que a CPI do Carf no Senado toma uma nova dimensão a partir das denúncias veiculadas na edição desta quinta-feira, 1, no jornal O Estado de S. Paulo sobre a participação de parlamentares na edição de uma Medida Provisória editada em 2009 pelo governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com as denúncias, a MP teria sido “comprada” por meio de lobby e de corrupção para favorecer montadoras de veículos.
“Ao Parlamento não pode pairar denúncias de irregularidades como estas que estão sendo veiculadas hoje na imprensa”, disse. Randolfe disse que vai requerer a convocação da advogada Erenice Guerra, que foi secretária executiva da então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na época em que a MP foi discutida.
Um dos investigados por irregularidades no Carf, o lobista Alexandre Paes dos Santos, que é ligado a Erenice, compareceu hoje à CPI, mas, amparado por um habeas corpus, disse que iria exercer o direito de permanecer calado. Ele manteve essa posição também quando o presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), sugeriu que a sessão fosse secreta, sem a presença de jornalistas.