Os senadores da oposição estão negociando com o presidente da Comissão Especial do Impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB), tempo para leitura de voto em separado, uma manifestação oposta à oficial, na sessão dessa terça-feira (2) no colegiado. A reunião é dedicada à apresentação do parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Certos de que o tucano irá apresentar um relatório a favor da condenação da presidente afastada Dilma Rousseff, senadores do PT e do PCdoB prepararam o chamado “voto em separado”, uma manifestação independente a do relator e de caráter simbólico.
Como afirmou na semana passada a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que é parte da tropa de choque de Dilma, o PT deve apresentar um texto com argumentos políticos, mas também com pontuações técnicas quanto ao processo, defendendo a inocência da presidente. O pedido é que a comissão conceda 30 minutos da reunião dessa terça para a leitura do voto do PT.
O PCdoB também preparou o seu próprio voto em separado. A senadora Vanessa Grazziotin (AM), única representante do partido no Senado, pediu 15 minutos para apresentar sua manifestação.
As apresentações dos votos em separado devem acontecer após a leitura do parecer de Anastasia, agendada para o meio-dia. A sessão de quarta-feira, 3, é dedicada à discussão do relatório, que deve ser votado na comissão na próxima quinta-feira e depois segue para o plenário do Senado.