A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para votar parecer sobre a reforma trabalhista começou, nesta quarta-feira, 28, com discussões acaloradas entre senadores da base e da oposição. O motivo, porém, não foi o teor da matéria, mas as restrições de entrada na sala onde ocorre a reunião.
A presidência da comissão restringiu a entrada a apenas um assessor parlamentar por senador, o que gerou revolta dos senadores do PT. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), cobrou que fosse autorizada a entrada de representantes de centrais sindicais e acusou a presença de “lobistas e representantes de instituições bancárias”.
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator do projeto no Senado, cobrou então que a petista apontasse quem eram os lobistas. “Onde estão os lobistas? Não há nenhum aqui.”
A discussão, porém só acabou após intervenção do presidente da comissão, senador Edison Lobão (PMDB-MA). “O que diz respeito a presença de pessoas aqui, nesta sessão, há certas coisas que extrapolam a fronteira do razoável”, disse o presidente da comissão ao justificar a restrição. “Não há aqui representantes de banqueiros, empresários ou lobistas.”
No mesmo momento, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, entrou na sala para acompanhar a sessão.
Após a discussão, o quórum de senadores na comissão, porém, caiu assim que o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) iniciou a leitura de seu voto.