Senadores demonstraram dificuldades para se adaptar ao novo sistema de votação eletrônica instalada em algumas comissões da Casa. O sistema começou a funcionar nesta terça-feira, 5, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e foi preciso de mais de dez minutos para que eles conseguissem concluir o procedimento.
Ao anunciar que os parlamentares já poderiam votar “pelos computadores”, o presidente em exercício da CAE, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), ouviu de diversos colegas que eles não sabiam o que fazer.
Lira, então, orientou que os senadores deveriam proceder como fazem nas votações em plenário, onde digitam uma chave de segurança de três dígitos e mais uma senha de sete números.
Depois de alguns minutos de burburinho, o presidente pediu ajuda. “Peço aos técnicos da comissão que orientem e que possam ir ao socorro dos senadores”, disse.
Diante da dificuldade, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) protestou: “Presidente, gritar sim era mais rápido”, disse, em referência a como eram feitas as votações antes do sistema eletrônico.
Passados mais de dez minutos, Lira finalmente conseguiu anunciar a aprovação do projeto que concede isenção no imposto de renda para portadores de doenças reumáticas, neuromusculares ou osteoarticulares crônicas.
Instalado no fim do ano passado, o sistema começou a funcionar somente nesta terça. Além da CAE, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) também passará a usar o modelo durante as suas sessões. As bancadas dessas comissões receberam computadores com telas touchscreen para que os senadores possam votar. A presença nas reuniões também passou a ser controlada por um sistema de biometria.