Internacional

Separatistas do leste da Ucrânia concordam em adiar eleições locais até 2016

Os separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia disseram nesta terça-feira que iriam adiar as eleições disputadas que ameaçam sabotar as negociações de paz, após pedidos dos europeus. O movimento foi imediatamente saudado por Moscou e Kiev como mais um passo para a implementação de um plano de paz assinado em fevereiro, em Minsk, Belarus.

Uma declaração feita por Denis Pushilin e Vladislav Deinego, que comandam as províncias de Donetsk e Luhansk, respectivamente, disseram que iriam adiar as votações até 21 de fevereiro de 2016. Donetsk tinha planejado eleições em 18 de outubro e Luhansk em 01 de novembro.

A Ucrânia e os países ocidentais exigiam o anulação das eleições, que os rebeldes pretendiam organizar segundo suas próprias regras.

Em troca ao adiamento da votação, os separatistas dizem que a Ucrânia deve conceder um estatuto especial para a região como previsto pelo acordo de Minsk.

Enquanto um cessar-fogo, em grande parte realizado na região por apenas um mês, ambos os lados têm se recusado a concessões políticas.

Eles têm exigido de Kiev uma anistia para os participantes no conflito, mais poderes locais, mudanças constitucionais não especificadas e uma nova lei que regulamenta as eleições no território de que são titulares.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais disseram que as eleições livres e justas devem ter lugar nos termos da legislação ucraniana.

As manifestações na Ucrânia começaram em novembro de 2013, depois que o então presidente Viktor Yanukovich decidiu não assinar um acordo de cooperação com a União Europeia. A Ucrânia, uma ex-república soviética, está dividida entre grupos que querem mais proximidade com a União Europeia e outros que têm mais afinidade com a Rússia. O conflito armado na Ucrânia já causou a morte de mais de 8 mil pessoas desde abril de 2014. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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