Estadão

Será esclarecido em breve, diz Ancelotti sobre possibilidade de assumir a seleção brasileira

Habituado a responder sobre seu possível futuro como técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti se deparou com perguntas sobre o assunto novamente, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, véspera da partida entre Real Madrid e Valência. Desta vez, voltou a classificar a possibilidade de assumir o Brasil no meio de 2024, quando acaba seu contrato com o clube espanhol, como um mero rumor, mas, diferentemente das outras ocasiões em que tratou do tema, sinalizou que o momento de colocar um ponto final nas especulações está próximo. "Há muitos rumores, mas penso que tudo será esclarecido em breve", afirmou.

A pauta foi levantada na coletiva por causa de um episódio recente ocorrido na Universidade de Parma, onde Ancelotti recebeu, na semana passada, o título de Doutor Honoris Causa em Ciências e Técnicas de Atividades Motoras Preventivas e Adaptadas. Na ocasião, o reitor da instituição, Andrei Paolo, discursou e citou a ida de Ancelotti para a seleção brasileira como algo concreto.

"Em 2024, Carlo Ancelotti tem uma aventura extraordinária que seria apenas um sonho para muitos treinadores: treinar o Brasil. É o primeiro estrangeiro dos últimos 60 anos que dirigirá a seleção e o quarto em toda a história. A admiração que sentimos por ele é generalizada e vai além de qualquer lugar ou time. Será o último prêmio que Carlo entregará", disse Paolo.

Além disso, um release distribuído à imprensa pela universidade descrevia o técnico como "atualmente no comando do Real Madrid e em 2024 treinador da seleção brasileira". Ao discursar, Ancelotti não tocou no assunto. Durante a coletiva desta sexta, o treinador italiano disse que, naquele momento, não viu motivo para falar de outra coisa a não ser a homenagem. "Fico com a emoção e o entusiasmo do evento, minha volta a Parma, onde tudo começou", afirmou.

Em reportagem publicada nesta sexta-feira, o jornal espanhol "Marca" deu detalhes sobre o clima interno do Real Madrid diante da investida da CBF. De acordo com texto, embora tenha um acordo verbal, Ancelotti ainda não teria tomado uma decisão e, por isso, tanto o presidente Florentino Pérez quanto o CEO José Angel Sanchez estão tranquilos diante do interesse brasileiro. De qualquer forma, nomes de possíveis substitutos já estão sendo sondados, como o do ex-meio-campista Xabi Alonso, técnico do Bayer Leverkusen.

Ancelotti já foi questionado em diversas oportunidades sobre o Brasil e nunca confirmou qualquer tipo de contato com a CBF, contradizendo o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, que já disse ter tudo acertado com o técnico. Em julho, após a coletiva de apresentação de Fernando Diniz como interino, Ednaldo foi cercado por jornalistas e, ainda que tenha sido evasivo, disse com todas as letras que "ele (Carlo Ancelotti) vai estar, pode ter certeza". Diniz, que vem comandado a seleção em paralelo ao Fluminense, tem contrato até julho de 2024.

Sob o comando de Diniz, enquanto aguarda o italiano, a seleção empatou por 1 a 1 com a Venezuela, em Cuiabá, e perdeu por 2 a 0 para o Uruguai, em Montevidéu, em jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, que será sediada em conjunto por Estados Unidos, México e Canadá. Com os resultados, o Brasil encerrou a Data Fifa de outubro na terceira colocação, com sete pontos, atrás de Uruguai, também com sete, e Argentina, líder isolada, com 12. H

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