Ocupar o espaço deixado pelas grandes empreiteiras não será um trabalho fácil para as empresas médias. Além de comprovar experiência na construção das obras, por meio de certificados técnicos, elas também precisarão ter acesso a crédito. “Os desafios dessas médias empresas são basicamente dois: fôlego e crédito. Algumas delas não têm muito capital disponível e não há ambiente para liberação de crédito”, diz o professor de infraestrutura do Insper, Eduardo Padilha.
Apesar das dificuldades e da falta de obras no País, alguns nomes desconhecidos começam a surgir no mercado. Na lista das empreiteiras que mais receberam do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), do Ministério dos Transportes, nos últimos meses, estão empresas como Castilho, Sanches Tripoloni, S.A. Paulista, Empa e Cetenco. No passado, essa lista era ocupada pelas gigantes, como Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez.
“Hoje há vários competidores se matando para obras, como as do Metrô de São Paulo, que não são grandes”, afirmou Padilha. As obras de construção da Linha 4, que teve o contrato inicial rescindido com a espanhola Isolux, agora estão nas mãos do consórcio formado por Tiisa e a espanhola Comsa. O contrato prevê a construção das estações Higienópolis-Mackenzie; São Paulo-Morumbi; e Vila Sônia. A proposta do grupo foi de um total de R$ 858 milhões para execução do projeto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.