De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial, mantido pela Serasa Experian, agosto de 2020 registrou dez pedidos de recuperação judicial a menos entre micro, pequenas, médias e grandes empresas, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O recuo foi de 7%, após queda de 142 para 132 pedidos na comparação interanual. Ante o mês anterior, julho, agosto teve queda de 2,2% no número de recuperações judiciais requisitadas.
As grandes empresas foram as que apresentaram maior diminuição no índice, com queda de 25% nos requerimentos, enquanto as médias empresas registraram recuo de 20,8%. Já as micro e pequenas empresas tiveram leve alta de 1% no número de pedidos.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os negócios de maior porte estão se recuperando com mais rapidez pois possuem maior fôlego de capital de giro. Segundo ele, a renegociação entre credores e devedores é o principal fator que contribui para a queda do índice.
Na análise por setor, houve baixa das solicitações em todos os segmentos listados, exceto no Comércio, que elevou os pedidos de 24 para 31 na comparação ano a ano. "O setor do Comércio é formado por muitas micro e pequenas empresas, que por terem menor estabilidade financeira são as mais impactadas em momentos de incertezas econômicas.", explica Rabi.
<b>Falência</b>
Em agosto, as requisições de falências também apresentaram baixa, diminuindo de 125 para 102 (-18,4%) na comparação com agosto de 2019. Quando feita a análise por porte, as micro e pequenas empresas somam 54 solicitações, enquanto médias e grandes registram ao todo 48 pedidos, 24 por segmento.
Quanto aos setores da atividade, Serviços liderou o número de pedidos de falência (49), seguido de Indústria (33) e Comércio (20). O setor primário não registrou pedidos de falência no mês passado, segundo a Serasa.