Tudo começa com a compreensão da realidade que os rondam, um olhar apurado para o próximo, o desejo de ajudar a sociedade e o compromisso em prol dela, tudo isso faz do assistente social um ombro amigo na vida de uma pessoa. Em busca de um mundo melhor, os profissionais de Serviço Social prezam pela garantia da igualdade dos direitos humanos, como acesso à cultura, serviços essenciais e lazer.
Para desenvolver as suas funções, os assistentes sociais elaboram planos de assistência, analisam, coordenam e executam programas e projetos que ajudem a viabilizar os direitos de indivíduos e seu acesso à saúde, educação, previdência social, habitação, bem-estar, dentre outros. Para que a atividade seja possível, eles podem trabalhar na educação, saúde, CRAS, CREAS, serviços públicos e privados, por exemplo. Neste quesito, os concursos públicos são bastante concorridos.
Muitos destes profissionais ingressaram na profissão movidos pelo sentimento de solidariedade, que transforma-se no empenho em levar à população os conhecimentos necessários para a garantia dos seus direitos. Exemplo é a assistente social Rosimeire Moreira, 36, que escolheu o curso de Serviço Social em um momento de dor.
“Meu pai foi diagnosticado crônico renal e, em todas as instituições que levamos ele, após o atendimento médico, ele sempre passava por uma assistente social. Desta forma, me identifiquei com a profissão e resolvi estudar Serviço Social para conhecer os direitos dele enquanto paciente”, conta ela, que conseguiu realizar o sonho com ajuda de uma bolsa de estudo do Educa Mais Brasil.
A determinação para mudar a realidade do próximo também foi o primeiro passo para que a assistente social Karine Silva, 24, escolhesse sua profissão. “Quando você consegue mudar um pouco a realidade da pessoa, aprende a não desistir fácil. Toda essa universalidade de direitos que existe, essa busca por querer um mundo melhor, me levou ao curso de Serviço Social”, explica.
Karine declara que ama a profissão, pois além de permitir ajudar a melhorar vidas, primeiro, ela conseguiu transformar a si própria a partir dos ensinamentos passados no curso. “Eu amo o Serviço Social pela transformação que o curso causou na minha vida, por ter me tirado da zona de conforto, de achar que eu já sabia das coisas. Me fez compreender que existia um para além de mim mesma, para além do meu mundo”, afirma.
Para Karine, tal transformação foi possível para compreender as diversas camadas sociais, os direitos do indivíduo e que nem todo mundo tem acesso a tais esclarecimentos, precisando, assim, da ajuda de um assistente social para garanti-los. “Ainda que não sejamos super-heróis e super-heroínas, que tenhamos força e garra para buscar, cada dia, através de pequenas atitudes, realizar a mudança que nós precisamos. Foi o Serviço Social que trouxe essa noção pra mim, pra minha vida”, pondera.
O Serviço Social na prática
O profissional formado em Serviço Social precisa passar pela graduação de quatro anos, que o habilitará para diversas prestações de serviço à sociedade, como:
– Criar e implementar programas de bolsa de estudo e auxílio financeiro, bem como selecionar os estudantes beneficiários;
– Gerenciar programas educativos de saúde, lazer e segurança no trabalho;
– Implantar programas de benefícios sociais aos trabalhadores e sua família, assim como orientá-los sobre as políticas sociais públicas e aos seus direitos sociais e trabalhistas;
– Desenvolver projetos para a garantia de direitos de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social;
– Facilitar o acesso da população às informações e ações educativas.
15 de maio: Dia do Assistente Social
Neste ano, o tema das celebrações do Dia do Assistente Social é “Trabalhamos em vários espaços, sempre com a população. Serviço Social: conheça e valorize essa profissão”. A chamada objetiva dar visibilidade à profissão. O dia 15 de maio é o Dia do Assistente Social porque nessa data a profissão foi regulamentada.
“Este ano, nosso 15 de maio, Dia do Assistente Social, será diferente. Vivemos um momento crítico da história, marcado por uma pandemia e, consequentemente, a uma crise sanitária, social e política, que agudiza vulnerabilidade social de boa parte da população brasileira”, diz texto publicado no site do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) de Sergipe.
O Brasil é o segundo país do mundo com maior quantitativo de assistentes sociais, ficando atrás, apenas, dos Estados Unidos. Aqui, tem-se mais de 180 mil trabalhadores da área, segundo o Conselho Federal de Serviço Social (CFSS).