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Servidores acampam na frente da Alerj para reforçar protesto contra pacote

Servidores que protestam em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) contra o pacote anticrise do governo, em votação na Casa, decidiram montar um acampamento diante da escadaria do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia, no centro da cidade. Eles prometem permanecer no local, pelo menos, até quarta-feira, 14, quando serão analisados os dois projetos que mais penalizam os funcionários do Estado: o aumento da contribuição previdenciária de ativos, inativos e pensionistas de 11% para 14% e o congelamento dos salários até 2020.

“Não sabemos quantos servidores terão disponibilidade (para acampar), pois muitos estão passando necessidade. Essa é uma forma eficaz de fazer pressão na Alerj e no governo. Em 2011, ficamos 49 dias acampados aqui e conseguimos manter nossos direitos”, disse uma das lideranças da categoria Mesac Eflaim.

“O governo não pode fazer o que quer sem que a gente ofereça resistência. Vale o sacrifício. Meu único medo é a polícia vir aqui e nos reprimir”, afirmou a professora Gabriela Ferreira, servidora do Estado há 18 anos.

Na calçada junto à escadaria da Alerj já foram montadas seis barracas de camping, cada uma com espaço para três pessoas. Os servidores acreditam que o acampamento ganhará força no decorrer da tarde e amanhã. Do alto do carro de som, manifestantes pedem que os demais convoquem mais servidores pelo whatsapp.

O protesto começou por volta das 10h, sob a mira de um esquema de policiamento jamais visto desde que foram iniciados os atos contra o pacote de medidas do governo, há pouco mais de um mês. Até agora, não foram registrados incidentes. Apenas uma equipe do canal de televisão Globonews foi hostilizada por manifestantes durante uma entrada ao vivo do repórter, o que gerou confusão.

No centro da cidade, ruas de grande circulação no entorno do Palácio Tiradentes – Presidente Antônio Carlos, Primeiro de Março e Assembleia – estão fechadas para o tráfego de veículos, o que está causando confusão no trânsito em diversos pontos da região. Não haverá votação hoje, ainda assim, os manifestantes não pretendem deixar a frente da Alerj. O número de participantes da manifestação não foi estimado pelos organizadores e pela polícia.

Passeata

Milhares de manifestantes, liderados por bombeiros, interromperam o trânsito nas Avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, no centro do Rio, nesta tarde. Eles saíram das imediações da Alerj, onde estavam concentrados, e começaram uma passeata pelas Avenidas Rio Branco, Nilo Peçanha e Presidente Antonio Carlos e Rua Primeiro de Março, até retornar à Rio Branco, pela Praça da Candelária.

O objetivo da manifestação é “trancar o Centro do Rio”, segundo participantes. A maioria dos ativistas que se concentrava na Alerj aderiu à caminhada, feita sob gritos de “fora, (governador Luiz Fernando) Pezão”, “o bombeiro voltou” e “vem para a rua, vem”. A Polícia Militar permaneceu de guarda junto à Alerj e não acompanhava a caminhada.

Os manifestantes também pararam o tráfego no Aterro do Flamengo nos dois sentidos (centro e zona sul). A caminhada já rumou em direção à Praça XV, onde fica a Alerj.

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