A revisão do plano de cargos e cargos e carreira da Saúde ainda gera polêmica. A proposta beneficiou os médicos, porém não contemplou as demais categorias. O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Stap) afirma que está fazendo levantamento para solicitar a inclusão de outros servidores no plano. Já a Secretaria Municipal de Saúde informa que não há prazo para novas alterações.
Uma auxiliar de consultório dentário que trabalha há mais de 10 anos para a Prefeitura diz que se sente desvalorizada. "Um plano de carreira deveria atingir todos os funcionários. Não são somente os médicos que atendem a população", conta.
O plano de carreira elaborado pela Prefeitura e aprovado no final do mês passado na Câmara Municipal contempla profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde. Um exemplo dos reajustes é o caso dos médicos 24 horas por semana. A antiga legislação possuía 25 categorias com diferentes faixas salariais para os médicos, com vencimentos que variavam entre R$ 3.086,78 e 5.062,72. O atual plano para a mesma categoria teve aumento entre R$ 4.680 e R$ 7.675, 81.
O secretário geral do Stap, Denílson Bandeira, reclama que enfermeiros, auxiliares e demais funcionários que trabalham no SUS deveriam ter sido lembrados. "A saúde pública não é constituída só de uma categoria", diz. Em nota, a Secretaria de Saúde afirma que o plano de carreiras sempre terá novas atualizações e que o plano aprovado no Legislativo foi elaborado para atender, principalmente, médicos e agentes comunitários da saúde.