Os servidores do Tesouro Nacional vão parar na sexta-feira, 25, e nada vai funcionar no órgão nesse dia, avisa a Unacon Sindical, que representa auditores e técnicos federais de Finanças e Controle. A ação faz parte da pressão que a categoria tem feito desde janeiro ao governo de Jair Bolsonaro por reajuste salarial.
Além disso, a partir desta quinta-feira, 24, começa no órgão a chamada operação padrão, que afetará todas as áreas do Tesouro. A Unacon ainda não sabe dizer quais atividades serão paralisadas ou impactadas.
Também nesta quinta, servidores do Tesouro vão desistir formalmente das funções de substituições. Na prática, explica o sindicato, isso significa que os secretários, subsecretários e coordenadores ficarão sem seus substitutos. "O termo já tem adesão de 80%", diz a entidade. "Esse é um passo que antecede a entrega de cargos, que também já tem adesão de mais de 50%."
As ações foram deliberadas em assembleia geral extraordinária nesta semana. Os próximos passos da mobilização serão definidos em uma nova assembleia na terça-feira, 29.
A Unacon diz que a remuneração dos servidores está congelada há mais de três anos e que o valor real dos salários dos auditores e técnicos federais de Finanças e Controle é o menor dos últimos 15 anos.
"E com a aceleração em curso da inflação, as perdas acumuladas podem chegar a 40% ao fim de 2022", calcula a entidade.