O Sesi-SP saiu na frente da decisão da Superliga Masculina. Nesta terça-feira, no ginásio do Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo, aproveitando o mando de campo e o apoio da torcida, o time paulistano venceu com autoridade por 3 a 0, com triplo 25/22. O segundo jogo será sábado no ginásio do Abaeté, em Taubaté.
A vitória por 3 a 0 foi surpreendente em virtude do equilíbrio entre as duas equipes na fase de classificação. No primeiro turno, o Taubaté levou a melhor por 3 a 1, em São Paulo. No returno, o time da capital paulista devolveu o placar. Além disso, era o confronto de seis campeões olímpicos, três de cada lado.
Mas o jogo desta terça-feira foi todo do time da casa, que mostrou regularidade e precisão nos contra-ataques. Taubaté fez três pontos de bloqueio em toda a partida. Um dos destaques do jogo foi o oposto Alan, o melhor da partida com 15 pontos. “O jogo foi disputado, mas nós conseguimos impor nosso ataque. Todo mundo ajudou”, disse o oposto.
O líbero Murilo, um dos destaques do Sesi, teve de manter a concentração diante de um episódio incomum nas arquibancadas. No intervalo entre o segundo e o terceiro sets, a bicampeã olímpica Jaqueline Carvalho, esposa do jogador há dez anos, teve uma queda de pressão arterial. Ela se sentiu mal quando concedia entrevista para o SporTV. Murilo estava no banco e correu com uma toalha para socorrer a mulher.
Jaqueline ficou deitada na beira da quadra por alguns minutos. A partida ficou interrompida até que ela fosse levada a uma sala da diretoria, ainda no ginásio da Vila Leopoldina. Sérgio Xavier, médico do Sesi-SP, explicou que ela teve uma queda de pressão em consequência do forte calor no local. “O departamento médico estava ali. Eu não tinha o que fazer. Fui recebendo informações e acabei ficando mais tranquilo”, afirmou Murilo. Jaqueline foi encaminhada para um hospital.
Sobre a partida, Murilo mostrou surpresa com o placar. “Nós estávamos esperando um 3 a 2, mais pesado. Mas a semifinal será longa por causa do equilíbrio entre as duas equipes. Fizemos nosso dever de casa”, disse o líbero.
O torneio será definido em uma série melhor de cinco jogos. Isso significa que vencerá o torneio quem triunfar em três partidas. Como dono da melhor campanha na primeira fase, o Sesi-SP tem a vantagem de sediar três partidas. “Temos muito o que aprender com essa partida. Eles tiveram méritos, mas também foi demérito nosso. Nós não conseguimos dificultar o jogo do Sesi, que atacou sempre com a bola na mão”, afirmou o levantador Rapha, do Taubaté.
O JOGO – A partida foi tensa, como toda final de campeonato, com muitos erros para os dois lados. Quem errou menos foi o Sesi-SP, que logo assumiu a liderança do placar. O técnico Renan dal Zotto pediu o primeiro tempo para o Taubaté ainda com o placar em 11/9. Em um duelo equilibrado, um toque na rede de Abouba permitiu que o Sesi-SP fechasse o primeiro set: 25 a 22.
No segundo set, as equipes se revezando no comando do placar. Os donos da casa melhoraram no bloqueio e no volume de jogo para novamente assumir a liderança do placar. O técnico Renan dal Zotto então decidiu tirar de quadra o oposto Vissotto para colocar o ponteiro Douglas Souza. Conte continuou na rotação como ponteiro, mas passou a atuar como oposto. A mudança não foi o suficiente para a virada. O Sesi-SP soube lidar com a troca de peças, e Alan voltou a desequilibrar na reta final. Franco fechou a conta: 25 a 22.
Um momento de tensão mexeu com todos no ginásio da Vila Leopoldina antes do terceiro set. Jaqueline sofreu uma queda de pressão e desmaiou à beira da quadra. O susto pareceu ter abalado o Sesi-SP, time de Murilo, marido da bicampeã olímpica. O Taubaté cresceu com Uriarte como levantador e chegou a ter quatro pontos de frente. Só que o Sesi-SP aos poucos voltou aos trilhos e chegou à virada (18/17). Na reta final, mais uma vez os donos da casa foram mais precisos e selaram o triunfo no primeiro jogo da final: 25 a 22.