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Sesi supera Joinville na semifinal e decide Superliga masculina pela 6ª vez, diante do Campinas

A final da Superliga Masculina de Vôlei, agendada para domingo pela manhã (9 horas), no Recife, será entre equipes paulistas. Já garantido, o Campinas viu o Sesi se garantir nesta segunda-feira, ao superar o estreante Joinville no terceiro jogo das semifinais, no ginásio Paulo Skaf, parciais de 25/17, 25/20 e 25/20, em Bauru.

Desde 2019 que o Sesi não ia à decisão, que alcança pela sexta vez e buscará o bicampeonato. Já o Campinas faz história e chega após surpreender os favoritos. O time avançou aos mata-matas com a oitava campanha e mostrou força para deixar rivais poderosos pelo caminho, como o forte Cruzeiro e depois o Guarulhos, atual campeão paulista. Jamais um oitavo colocado havia se garantido na decisão.

Os jovens Lukas Bergmann e Darlan foram os destaques da classificação do Sesi-Bauru, com 16 e 15 pontos, respectivamente. "Estamos na final e vamos ganhar lá em Recife", mostrou confiança Bergmann, ao SporTV. "Soubemos aproveitar a força dessa maravilhosa torcida de Bauru", continuou.

O Sesi começou bem o primeiro set e foi logo abrindo 12 a 7. Maior pontuador da Superliga disparado e grande aposta da seleção brasileira, Darlan era o destaque da equipe paulista, virando bolas e ainda encaixando o forte saque.

Sem jamais perder o controle da parcial, a equipe do técnico Anderson Rodrigues abriu 1 a 0 com tranquila vitória por 25 a 17. O ponto decisivo veio em erro de Honorato, do time catarinense, que atacou uma recepção ruim e acabou tocando na rede. Bem na reta final, Lukas Bergmann fechou a parcial com sete pontos, diante de seis de Darlan.

O equilíbrio marcou o início do segundo set. O Joinville melhorou no bloqueio. Em contrapartida, os saques errados começaram a atrapalhar as equipes. Com dois seguidos, um de ataque e outro no bloqueio, Darlan colocou o Seis em vantagem de 6 a 5. Em novo contra-ataque, Lukas Bergmann fez o sétimo e Peu precisou pedir tempo.

Depois de incentivar o time, o treinador precisou de novo tempo e desta vez reclamou forte da equipe. "O jogo já não está bom e ainda estamos dormindo na quadra", reclamou Peu, ao ver o Sesi abrir 13 a 9. O time reagiu e encostou com 16 a 15, obrigando Anderson a fazer a parada.

A reação do Joinville parou por aí. Mostrando nervosismo e errando saques, viu o rival novamente abrir no placar. Após bom saque de Lukas Bergmann e ataque na rede, o Sesi fechou em 25 a 20, dando enorme passo para retornar à final da Superliga após seis anos.

O terceiro set começou com polêmica e o 600º ponto de Darlan na atual edição. O ataque foi bloqueado, mas a bola bateu na antena e depois de muita análise, acabou confirmado. O jovem errou uma bola que deixou o jogo igual em 6 a 6. Quando o momento parecia propício ao Joinville, os paulistas emplacaram quatro pontos seguidos.

O Sesi manteve a boa vantagem até o fim e celebrou a vaga na final com triunfo por 25 a 20 após pancada de Darlan que os catarinenses se esforçaram muito para tentar recolocar na quadra, mas não conseguiram. "A gente merecia esse passaporte à final e estão todos de parabéns", disse o técnico Anderson Rodrigues, sem conter as lágrimas. Campeão olímpico com a seleção brasileira, ele jamais havia disputado uma decisão da Superliga na carreira de atleta.

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