Política

Sessão da Câmara é marcada por discussões sobre arquivamento de CEI da Educação

Vereadores da Oposição criticaram colegas que retiraram assinaturas de requerimento

Rosana Ibanez

Após os vereadores Alan Neto (DEM), Eduardo Soltur (PSD), Eduardo Kamei (PTB) e Eraldo Souza (PRTB) retirarem suas assinaturas do requerimento que solicitava a instauração de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar as declarações dadas pelo secretário da Educação, Moacir de Souza, no último dia 3, durante audiência pública na Câmara, os vereadores da Oposição manifestaram seu desgosto.

"Agora eu vejo nesta Casa três tipos de vereadores: os de oposição, os da base alugada ao Paço Municipal e agora os quatro novos vereadores do barco a vela, que seguem os ventos vindos do Executivo e leva os parlamentares para onde ele quer", afirmou José Mário (PSDB).

Para Eduardo Carneiro o Legislativo não passa de uma grande pizzaria. "O secretário veio aqui e deixou claro um fato de desvio de dinheiro, mas ninguém quer discutir isso. Querem virar as costas para a Casa, para os colegas e para a população e fica isso numa grande pizzaria. Esta casa é uma grande pizzaria e sabe qual é a sobremesa? Marmelada", enfatizou.

Romildo Santos e Vitor da Farmácia demonstraram sua insatisfação e afirmaram que a instauração da CEI visava investigar os acontecimentos. Já Wagner Freitas (PP) enfatizou que o secretário não respondeu aos questionamentos feitos por ele e por esta razão ele não está satisfeito. "Ele gaguejou para responder algumas questões que eu levantei. Simplesmente veio aqui dizer que não é nada disso e que foi um grande mal entendido", disse.

Providências – Geraldo Celestino informou aos colegas vereadores que a Oposição consultou sua assessoria jurídica e impetrou um mandato de segurança afirmando que o presidente, Eduardo Soltur, agiu de forma inconstitucional ao não instaurar a CEI no momento em que foi apresentada com as 13 assinaturas. "Soltur devia obrigação regimentalmente, constitucionalmente de instaurar a CEI imediatamente, sem protelar. Foi um grande erro dos vereadores mas cada vereador tem a sua responsabilidade e quem vai pagar é quem recusou", enfatizou.

Por causa dos debates, nenhum projeto foi votado durante a sessão.

Justificativa – Eraldo Souza afirmou que não fez acordo com ninguém e que por isso poderia fazer aquilo que acreditava correto. "Eu assinei por livre e espontânea vontade sem negociar nada com ninguém. Não tenho acordo com ninguém nesta casa e sim com a população que me elegeu", ressaltou.

Já Alan Neto reforçou que retirou sua assinatura porque as explicações dadas por Moacir de Souza corresponderam às expectativas. "Eu não sou situação e nem oposição, sou vereador de Guarulhos e o mais votado dessa cidade. Sou situação da minha cidade", afirmou.

As declarações do secretário também satisfizeram ao vereador Eduardo Kamei. "Eu mantenho a minha posição e eu gostaria que fosse respeitada essa posição. Considerei as respostas do secretário e me dei por satisfeito", disse.

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