Pela terceira vez após a volta do recesso de julho, a sessão do Legislativo foi encerrada por não ter a quantidade mínima de vereadores necessária para o prosseguimento dos trabalhos. Pouco mais de uma hora após o início do Pequeno Expediente, o vereador Eduardo Carneiro (PSDB) solicitou a verificação eletrônica da presença de parlamentares no plenário. No entanto o presidente da Casa de Leis, Eduardo Soltur (PSD), encerrou após verificar visualmente que havia 14 vereadores no local. "É um péssimo exemplo que o presidente dá agindo desta forma. Se ele continuar assim vou entrar na Justiça para garantir o cumprimento do Regimento Interno", afirmou Carneiro que no momento da solicitação entregou nas mãos de Soltur um ofício requerendo providências da presidência com relação ao não comparecimento dos vereadores e a permanências dos mesmos durante toda a sessão.
Além disso, Carneiro protocolou um requerimento solicitando a instauração de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para averiguar os gastos da Prefeitura com imóveis alugados sem licitação. Segundo o documento, o Executivo aluga imóveis sem a devida constatação se eles reúnem as condições necessárias de utilização para os fins a que se destinam. "Estou apresentando esta CEI para avaliar como o dinheiro do município foi jogado no lixo", ressaltou Carneiro.
De acordo com o vereador José Mário (PSDB), na quarta-feira, os dois parlamentares foram recebidos pelo secretário de Finanças, Nestor Seabra, que teria afirmado que o município encontra-se com grandes dificuldades financeiras. "Segundo o secretário, vários fornecedores da nossa prefeitura estão sem pagamento, em média, há três meses. O segundo maior município do estado está quebrado sem fluxo de caixa", afirmou José Mário.
Até o final da sessão do Legislativo de ontem, sete vereadores tinham assinado o documento que necessita de pelo menos 11 assinaturas para que a comissão seja instaurada.
