O setor automotivo como um todo prevê queda de cerca de 40% na produção este ano em relação a 2019 em razão do fraco desempenho das vendas após o início da pandemia e do recuo das exportações. De quase 3 milhões de veículos previstos inicialmente, o número baixou para aproximadamente 1,8 milhão de unidades.
Em 12 meses, o setor fechou 6,3 mil vagas, das quais 4,1 mil na pandemia. Hoje emprega 121,9 mil trabalhadores, número que terá importante redução até o fim do ano diante de cortes aleatórios que vêm sendo promovidos pelas montadoras e pelos programas de voluntariado.
A General Motors encerrou na semana passada PDV em duas fábricas. Na de São Caetano do Sul, no ABC paulista, foram 294 inscrições, número que, segundo o sindicato local, ficou abaixo da expectativa da empresa, que ofereceu salários extras e um carro para quem aderisse. A planta tem ainda cerca de 700 funcionários em lay-off.
Em São José dos Campos (SP), foram 235 adesões e o sindicato local vai se reunir com a GM para avaliar se será necessária a reabertura do PDV. A unidade tem 3,6 mil funcionários, dos quais 1 mil estão em lay-off. A Renault, com fábrica no Paraná, também tem um PDV para cortar 747 vagas, número equivalente ao de demissões feitas em julho e que depois revogou após greve dos trabalhadores.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>