Economia

Setor de serviços eleva confiança em abril, apurou a FGV

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 4,2% na passagem de março para abril, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o ICS saiu de 82,4 pontos para 85,9 pontos no período. Mesmo com a primeira alta em 2015, o índice se situa no segundo menor nível de toda a série histórica, iniciada em junho de 2008. A média histórica do ICS está em 120,2 pontos. Em março, o índice havia registrado queda de 12,1% em relação ao mês imediatamente anterior.

“A primeira elevação da confiança do setor no ano não altera a percepção desfavorável das empresas sobre o rumo dos negócios. As avaliações sobre o momento atual ficaram estáveis e o destaque foi a melhora das expectativas. Devemos aguardar os próximos resultados, mas é provável que essa alta de abril reflita a combinação de dois fatores: acomodação do índice após queda acentuada e uma aparente redução de incertezas relacionadas, por exemplo, ao ambiente político ou à possibilidade de racionamento energético”, diz o economista Silvio Sales, consultor da FGV, em nota.

Segundo a instituição, as expectativas foram o que mais influenciaram o resultado. Ao todo, 10 das 12 atividades investigadas tiveram melhora na confiança na passagem do mês. Em abril, o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 7,0%, para 105,7 pontos, após recuo de 10,7% no mês passado. Já o Índice de Situação Atual (ISA-S) teve alta de 0,2%, para 66,1 pontos, após redução de 14,1% na mesma base de comparação. Em março, ambos os índices haviam atingido seus mínimos históricos. A coleta de dados para a edição de abril da sondagem foi realizada entre os dias 02 e 27 deste mês.

Emprego

Com a alta de 4,2% na confiança de serviços em abril, puxada pelas expectativas, a intenção dos empresários do setor em contratar também melhorou. O índice de emprego futuro subiu 3,8% na comparação com março. Ainda assim, o índice segue apontando maiores previsões de corte de vagas do que de admissões na atividade.

O emprego previsto atingiu 90,1 pontos após a elevação deste mês. Mesmo assim, trata-se do segundo menor nível da série, iniciada em junho de 2008. Pelo quarto mês consecutivo, a proporção de empresas prevendo demissões nos três meses seguintes (20,4%) superou a fatia de empresas que projetam contratar (10,5%).

A melhora se deu, então, porque no mês passado havia uma parcela ainda maior de empresários que pensavam em dispensar trabalhadores. Eles eram 22,9% dos entrevistados, um máximo histórico na pesquisa. Em toda a série da Sondagem de Serviços, apenas março de 2009 havia apontado um saldo negativo para as projeções de emprego antes dessa sequência verificada entre o fim de 2014 o primeiro trimestre deste ano.

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