O setor de viagens corporativas faturou R$ 48,6 bilhões no ano passado, um avanço de 46% em relação a 2020, segundo indicador lançado nesta quarta-feira, 9, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev). No entanto, a estimativa de perda potencial do setor nos dois anos de pandemia é de cerca de R$ 100 bilhões.
Segundo o novo indicador, intitulado Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), o crescimento de 2021 ocorreu sobre uma base fraca.
Em 2020, sobretudo entre março e setembro, o mercado ficou praticamente paralisado por conta da covid-19 e, desta forma, o faturamento no ano foi de R$ 33,3 bilhões, queda de 64,1% em relação a 2019.
O resultado de faturamento no ano passado representa uma queda de 47,6% sobre 2019, nível pré-pandemia.
Para 2022, a expectativa é positiva. "Apesar da Ômicron e da guerra da Ucrânia, o setor de viagens corporativas deve ter um ótimo desempenho em 2022, dada a demanda reprimida nesses dois anos de pandemia e a volta gradual da normalidade", diz em nota o assessor econômico da FecomercioSP, Guilherme Dietze. "Evidentemente, haverá um novo perfil de viagens corporativas com mais critérios na autorização das empresas, mas isso não amenizará o potencial de recuperação do segmento", acrescenta.
Segundo ele, os dados inéditos foram tratados por meio de pesquisas do IBGE, com informações oficiais e de receitas das empresas do mercado.