Os setores econômicos aprovaram a flexibilização da quarentena a partir do dia 1º de junho, mas fizeram cobranças para a retomada das atividades. Segundo os representantes ouvidos pelo <b>Estadão</b>, há detalhes que não foram esclarecidos.
O presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, Nabil Sahyon, reclama da restrição de quatro horas para o funcionamento dos estabelecimentos. Em outros Estados que liberaram a abertura dos shoppings, são oito horas.
"Entendemos que é importante voltar a abertura para começarmos a respirar um pouco, porque os lojistas já estão muito prejudicados. Mas gostaríamos que mudasse a restrição do horário. É muito complicado abrir a loja e chamar o funcionário para atender por apenas quatro horas. Quanto mais tempo, menos aglomeração", disse Sahyon, que calcula prejuízo de R$ 26 bilhões nos 577 shoppings espalhados pelo Brasil.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo cobrava uma posição do governo para dar "um horizonte" aos empresários, de acordo com o assessor econômico da entidade, Altamiro Carvalho. "O prejuízo foi contundente em atividades varejistas e consequentemente em todo o setor econômico", afirmou Carvalho, que falou em perdas de R$ 45 bilhões.
A FecomercioSP conversa com o governo para haver medidas de amparos, como o processo burocrático rápido para a retomada e a postergação das obrigações tributárias. "É preciso dar fôlego aos comerciantes. Os que não quebraram vão estar muito fragilizados para retomar. Esperamos que haja sensibilidade", reforçou Carvalho.
O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, Luiz França, comemorou o fato de os stands de vendas de apartamentos poderem voltar a funcionar. Ele diz que o setor manteve 94% das obras em funcionamento na quarentena, com "normas sanitárias bastante rígidas". "Achamos que vai aparecer uma nova classe de comprador, que quer um conforto maior por passar mais tempo em casa." As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>