Esportes

Sharapova apela à CAS sobre caso de doping e receberá veredicto até 18 de julho

A russa Maria Sharapova apresentou nesta terça-feira o seu recurso à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) contra a sua suspensão por dois anos em função de um caso de doping. A estrela do tênis vai receber um veredicto do tribunal antes dos Jogos Olímpicos do Rio.

Em comunicado, a CAS explicou que Sharapova, no seu recurso, busca anular ou ao menos reduzir a punição imposta pela Federação Internacional de Tênis (ITF) e que foi anunciada na semana passada após a russa testar positivo para a substância Meldonium em exame antidoping realizado durante o Aberto da Austrália, em janeiro.

A CAS revelou que ambos os lados envolvidos no caso concordaram com um “procedimento acelerado” para o julgamento do caso e garantiu que o seu veredicto será dado em 18 de julho. Em tese, isso permitiria que Sharapova tenha condições de participar da Olimpíada caso seja absolvida pelo tribunal máximo do esporte, que não revelou se será realizada uma audiência sobre o caso.

Dona de cinco títulos dos torneios do Grand Slam, Sharapova havia sido suspensa provisoriamente pela ITF no início de março, quando a própria russa anunciou em uma entrevista coletiva, realizada em Los Angeles, que havia dado positivo em exame antidoping em janeiro.

Naquela oportunidade, Sharapova havia declarado que não havia tomado conhecimento da decisão da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) de proibir o consumo do Meldonium, substância também conhecida como mildronato, a partir de 1º de janeiro.

Posteriormente, com a eclosão de vários casos de doping por Meldonium no esporte, a Wada explicou que poderia “anistiar” atletas em casos que não se conseguisse comprovar que a substância tenha sido utilizada antes de 2016. Porém, o próprio advogado de Sharapova, John Haggerty, declarou que a russa utilizou a substância depois da data de proibição.

Sharapova explicou que utilizou Meldonium, medicamento produzido na Letônia e geralmente indicado para uso contra doenças cardíacas, pela primeira vez em 2006.
Ao anunciar a suspensão da russa na última quarta-feira, a ITF afirmou que Sharapova não teve a intenção de enganar, mas que a russa cometeu uma “falta muito significativa” e possui “responsabilidade” pelo resultado positivo.

Além de testar positivo no Aberto da Austrália, Sharapova também falhou em um exame realizado fora de competições, em Moscou, em 2 de fevereiro, mais uma vez para Meldonium, disse a ITF.

A russa já liderou o ranking da WTA e também é uma das dez únicas tenistas a ter um Grand Slam de carreira. Ela teve um início impressionante no tênis profissional sendo campeã de Wimbledon em 2004, aos 17 anos, número 1 do mundo aos 18, venceu o US Open aos 19, e levou o Aberto da Austrália aos 20. Depois, sofreu com várias lesões, mas resgatou a sua carreira tendo sido campeã em Roland Garros em 2008 e 2012. Na semana passada, após o anúncio da suspensão, classificou a decisão da ITF como “injusta” e “dura”.

Posso ajudar?