Saulo Vasconcelos tem o nome cravado na origem do moderno musical brasileiro. Esteve presente naquele que é considerado o marco inicial, “Les Misérables”, em 2001, quando viveu Javert. No ano seguinte, foi o monstro de “A Bela e a Fera” até que, em 2005, protagonizou o grande sucesso do gênero no Brasil, “O Fantasma da Ópera”.
Foram dois anos em cartaz, marco ainda imbatível, período em que se tornou o grande ator do musical brasileiro. Tal trajetória será festejada na noite desta terça-feira, 27, quando Saulo protagonizar seu primeiro show solo, “Por Trás das Máscaras”, no Teatro Porto Seguro.
“Dos dez maiores musicais de todos os tempos, participei de cinco: Les Mis, O Fantasma, Cats, Mamma Mia! e A Bela e a Fera”, comenta ele. “Ter essa coleção é motivo de orgulho.”
De fato, uma carreira fulgurante que foi curiosamente construída quase que ao acaso. Afinal, quando estreou, em 1997, com um pequeno papel na ópera “Madame Butterfly”, Saulo não levou a sério. “Achei que era apenas um hobby.”
Em 1999, deu um grande salto ao ser um dos primeiros a deixar o País para protagonizar O “Fantasma da Ópera no México”. “Mesmo assim, ainda achava que era algo provisório”, conta ele, que só se convenceu quando viveu o Fantasma no Brasil, tornando-se referência no gênero por ser praticamente perfeito no gestual e na voz. Hoje, depois do nascimento das duas filhas, Saulo acredita viver o quarto estágio da carreira, em que se divide entre a família e o trabalho. “Já não vivo mais sob a expectativa de qual será o próximo espetáculo.”
“Por Trás das Máscaras” é uma alusão ao seu grande sucesso e o repertório passeia também por temas de outros personagens vividos pelo protagonista, como “Les Mis”, “A Bela e a Fera”, “A Noviça Rebelde”, “Cats” e “De Nada”, canção gravada na versão brasileira do filme “Moana”. Aos 44 anos, Saulo não perde a majestade – em cartaz no espetáculo “Forever Young”, ele prepara também sua autobiografia, que pretende lançar até o final do ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.