Estadão

Ásia: bolsas fecham na maioria em baixa, com inflação no foco após dados chineses

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, 9, após a China divulgar um salto nos preços ao produtor num momento em que a inflação se tornou uma das principais preocupações dos investidores.

A taxa anual de inflação ao produtor (PPI) chinês disparou para 9% em maio, superando expectativas e atingindo o maior nível em quase 13 anos, à medida que a segunda maior economia do mundo segue se recuperando dos efeitos da pandemia de covid-19. Os preços ao consumidor (CPI) da China também ganharam força no último mês, mas em ritmo mais contido.

Os últimos números do PPI e CPI chineses vêm em meio a temores de que a tendência de avanço da inflação global, resultado do processo de retomada econômica, acabe forçando grandes bancos centrais a retirar estímulos monetários mais cedo do que se imaginava.

Nesta semana, há muita expectativa para o CPI de maio dos EUA, que será divulgado na quinta-feira (10) e poderá determinar o rumo da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Em abril, a taxa anual do CPI dos EUA ficou em 4,2%, muito acima da meta oficial de inflação de 2% do Fed.

O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,35% em Tóquio hoje, a 28.860,80 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,13% em Hong Kong, a 28.742,63 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,97% em Seul, a 3.216,18 pontos, e o Taiex cedeu 0,64% em Taiwan, a 16.966,22 pontos.

Por outro lado, os mercados da China continental se animaram, uma vez que os dados de inflação também sugerem continuidade da recuperação econômica. O Xangai Composto subiu 0,32%, a 3.591,40 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,14%, a 2.396,54 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés majoritário da Ásia e ficou no vermelho. O S&P/ASX 200 caiu 0,31% em Sydney, a 7.270,20 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires).

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