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Simpi: desbancararização se revela como um dos problemas marcantes para as MPIs

Num momento em que o Banco Central (BC) comemora a expansão da inclusão bancária a partir do seu sistema de pagamentos instantâneo, o PIX, a 12ª rodada nacional da pesquisa Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria, realizada pelo Datafolha por encomenda do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi), aponta a desbancarização como problema marcante entre as micro e pequenas indústrias.

Para os autores da pesquisa, este é um cenário que vem gerando uma dinâmica econômica que merece atenção. Afinal de contas, em março, 28% das empresas da categoria operavam sem possuir conta bancária de Pessoa Jurídica (PJ), com uma incidência ainda mais acentuada entre as micro indústrias, atingindo 33%.

"Essas empresas possuem CNPJ, evidenciando uma desconexão entre a formalização legal e o acesso aos serviços bancários. A burocracia para abrir uma conta bancária jurídica é um problema estrutural no Brasil", observa o presidente do Simpi, Joseph Couri.

"A desbancarização evidencia desafios estruturais que as empresas de menor porte enfrentam em meio ao panorama econômico do País. Estamos testemunhando uma parcela substancial de nossas indústrias operando à margem do sistema financeiro formal, o que não apenas impacta sua eficiência operacional, mas também pode resultar em consequências legais indesejadas", lamenta Couri, para quem as contas bancárias jurídicas são essenciais para facilitar uma série de questões burocráticas, tornando os processos bancários mais ágeis e eficientes para os empresários.

"Além disso, essas contas oferecem taxas de manutenção diferenciadas, personalizadas de acordo com as necessidades e o porte do negócio, resultando em potenciais economias de custos", diz o executivo.

<b>Mercado de trabalho</b>
A 12ª segunda Pesquisa Simpi/Datafolha mostra também que 27% das empresas neste segmento, aproximadamente uma em cada quatro, tem vagas de emprego que não consegue preencher. Esse índice é superior ao registrado entre agosto e setembro do ano passado, de 21%.

A falta de capacitação da mão de obra disponível no mercado é apontada como a principal dificuldade para contratação, seguida pela escassez de pessoas disponíveis no mercado de trabalho.

O Índice de Contratação e Demissão das Micro e Pequenas Empresas (MPIs), classificado numa escala de 0 a 200, registra 102 pontos, indicando que um número ligeiramente maior de empresas está contratando, 19%, em comparação com aquelas que estão demitindo, 17%. Em média, as empresas que estão contratando abriram quatro vagas cada, enquanto as que estão demitindo cortaram três vagas, em média.

<b>Satisfação das MPIs</b>
O Índice de Satisfação das MPIs, uma medida abrangente que avalia a satisfação geral com os negócios, o faturamento e o lucro, registrou uma redução de 9 pontos no bimestre terminado em março em relação ao bimestre anterior, caindo de 127 para 118 pontos.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, a diferença é menos expressiva, indo de 122 em março de 2023 para 118 pontos agora. Notavelmente, o desempenho das microindústrias (117 pontos) ficou abaixo das pequenas (129 pontos), que apresentaram uma melhora em relação ao mesmo período de 2023.

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