Cidades

Sindicato das Lotações apoia ação da STT contra passageiros em pé

A proibição gerou protestos dos perueiros, que reclamam de perseguição do órgão por conseguirem operar através de liminares

A atuação intensiva da Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) na fiscalização de lotações irregulares e também evitando que passageiros trafeguem em pé ganhou o apoio do Sindicato das Lotações, que acusou a Pasta de omissão, já que, por anos, as vans circulavam com passageiros em pé sem que fossem incomodadas.

A proibição gerou protestos dos perueiros, que reclamam de perseguição do órgão por conseguirem operar através de liminares obtidas por aqueles que não aceitaram se adequar ao novo sistema, adquirindo micro-ônibus.

O presidente do Sindilotação, Cícero de Araújo, o Mossoró, atualmente permissionário do novo sistema, acusa a Prefeitura de omissão na fiscalização por anos. "A STT deveria ser punida por prevaricar esta determinação. Se as lotações andam há anos assim, é culpa do Poder Público que não quis liberar os micros-ônibus logo", acusa.

Segundo Mossoró, as lotações terão que se adequar por conta da decisão que tomaram. E defende que os micros disponibilizam de maior conforto para os passageiros. "O Contran diz que a capacidade dos ônibus é determinada por metro quadrado, diferente das lotações", explica.

  A promotora de vendas, Arlene Carvalho, 27, acredita que o problema está no sistema de transporte público e não especificamente nas lotações. "É perigoso em qualquer lugar, na lotação ou no ônibus é a mesma coisa", opina. A usuária afirma não utilizar ônibus pelo fato das lotações serem mais rápidas.

Advogada contesta atuação somente contra perueiros

A advogada Mirtes Fávero, que também atua no transporte alternativo, critica a atuação da STT especificamente contra os perueiros. Ela afirma que a categoria já acionou o Ministério Público e o 15° Batalhão da Polícia Militar contra o que chama de perseguição. "Eles querem peitar a decisão do Judiciário. Estão fazendo blitzes em cima das lotações regulamentadas,enquanto existem micros-ônibus clandestinos, sem credencial autorizativa e CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos), mas com placa vermelha", denuncia.

Mirtes argumenta que, assim como no documento das vans consta 15 lugares mais um do motorista, nos micros-ônibus consta 19 mais um ou 22 mais um e, mesmo assim, os mesmos rodam lotados com usuários em pé.

Protestos – Em nota, a Associação das empresas de ônibus informou que apenas um ônibus foi queimado nos protestos de ontem, gerando um prejuízo de cerca de R$ 250 mil à empresa. Não houve registro de feridos.

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