Em meio a uma nova onda de contágios pela covid-19 no País, causada pela variante ômicron do coronavírus, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região informou ter detectado, apenas nesta semana, mais de 500 casos da doença entre bancários. A organização representa cerca de 140 mil funcionários do setor na capital paulista e em 16 cidades da região metropolitana.
De acordo com a entidade, agências da região têm sido fechadas por falta de funcionários, e com o agravamento da situação, uma reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), entidade do setor responsável por questões trabalhistas, no próximo dia 18.
O setor tem seguido, desde o começo da pandemia, um protocolo que inclui o fechamento das agências para limpeza caso haja diagnósticos de covid entre os funcionários. Segundo o sindicato, esses fechamentos duram 12 horas, mas em alguns casos, o crescimento do número de casos de covid entre funcionários tem impedido a reabertura. Ontem, a entidade estimou que 150 agências da capital paulista, de Osasco e da região haviam sido fechadas nos sete dias anteriores.
Anteontem, o <i>Estadão/Broadcast</i> mostrou que a nova onda da covid fechou agências bancárias em vários Estados do País, em regiões como o interior de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que os bancos têm assegurado as condições para que o trabalho nas agências bancárias mantenha a segurança de funcionários e clientes. De acordo com a Federação, não houve relaxamento dos protocolos, adotados desde o início da pandemia, e o fechamento de agências para limpeza pode durar de algumas horas a um dia, dependendo do tamanho das agências.
"A Febraban ressalta que os bancos mantêm o rigor nas medidas sanitárias, não sendo verdadeira a afirmação de sindicatos de que houve relaxamento nos protocolos adotados e que, em razão disso, aumentaram casos de contaminação", complementa a entidade.
Ainda de acordo com a Febraban, o setor continua dialogando com os sindicatos sobre a evolução da pandemia no País. A entidade não tem números de casos, mas afirma que o setor tem reportado um aumento nos diagnósticos da covid-19, "como em toda a sociedade brasileira e demais setores".