Uma assembleia de servidores municipais comandada pelo Stap (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública), realizada na noite desta sexta-feira, definiu greve da categoria a partir do dia 24, para exigir reajuste de 25% nos salários dos funcionários públicos municipais. Outros municípios da região Alto Tietê estão concedendo aumento entre 4% e 5%. A Prefeitura de Guarulhos ainda não apresentou uma proposta de reajuste, já que as negociações devem ir até o final do mês ainda. O presidente do Sindicato, Pedro Zanotti, informou que não aceita negociar nada abaixo de 25%.
Mesmo assim, segundo o GuarulhosWeb apurou junto a fontes do governo, a administração não tem condições de aceitar a reivindicação do sindicato, já que a cidade ainda sente os efeitos na economia e arrecadação em função dos dois anos de pandemia de Covid-19, que ainda não chegou ao fim.
Caso o sindicato leve à frente a proposta de greve, a população será prejudicada, como atendimento público, na educação e na saúde, entre outros serviços importantes prestados pela Prefeitura.
A campanha salarial que tem data-base em 1º de maio, mas neste ano foi antecipada por conta das eleições de outubro. Qualquer reajuste deve ser concedido antes de 1 de abril.
O pedido seria para recompor as perdas ocorridas nos últimos cinco anos, segundo a entidade sindical, que não leva em consideração os reajustes concedidos na administração do prefeito Guti nos anos de 2017 a 2019.
No entanto, a inflação acumulada nos últimos dois anos é 15,3%. Desde 2020, os aumentos a servidores públicos foram vedados por legislação federal por conta da pandemia.
O GuarulhosWeb apurou que outros municípios da região, que estão no Alto Tietê, vêm aplicando reajustes bem menores. Arujá concedeu 4,52%, o mesmo índice de Mogi das Cruzes; Salesópolis deu 5,45%, enquanto Suzano e Santa Isabel o reajuste foi de 5%.
O sindicato também defende uma elevação no valor do vale-alimentação ou vale-refeição. Na pauta de reivindicação, o STAP aponta que o valor hoje de R$ 520,00 ao mês para cada trabalhador passe para R$ 790,90, o suficiente para 22 refeições no valor de R$ 35,95 cada. Neste caso, o reajuste chegaria a 52%, mais do que o dobro do reivindicado para os salários.