No Seminário de Negociação Coletiva do setor Farmacêuticos, nos dias 5 e 6 de fevereiro, na Praia Grande, dirigentes da Fequimar – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do estado de São Paulo, filiada à Força Sindical, e de seus Sindicatos filiados, como o Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico – CNTQ deliberaram a pré-pauta de reivindicações dos trabalhadores nas indústrias farmacêuticas durante o Seminário de Negociação Coletiva do setor.
O evento, que marca o início da campanha salarial e social da categoria, avaliou informações e números do setor, e terminou com a aprovação da pré-pauta de reivindicações dos trabalhadores.
Nos próximos dias serão realizadas assembleias nas bases para aprovação da pré-pauta, para que, posteriormente, a pauta seja entregue aos representantes patronais, Sindusfarma.
O Sindiquímicos esteve representado pelo presidente, Antonio Silva Oliveira; o vice-presidente, Antonio Cortez Morais e as diretoras Neusa Maria Marques e Eliana Aparecida Cardoso dos Santos.
Pré-pauta de reivindicações
Reajuste: 5% de aumento real + inflação do período (INPC estimado é de 6,56%)
Piso salarial: R$ 1.250,00
PLR: 2 pisos
A data-base do setor farmacêutico é 1º de abril
"Nesta campanha salarial e social, estaremos mobilizando trabalhadores e trabalhadoras da indústria farmacêutica junto a uma série de manifestações para garantir nossas reivindicações. O atual momento econômico é favorável para ampliar a participação do trabalhador na renda nacional. O faturamento e a produtividade das indústrias farmacêuticas estão em franca expansão, sendo assim, nossa luta é para que os trabalhadores e trabalhadoras recebam a sua parte", declarou Antonio Silvan Oliveira, presidente da CNTQ e do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos.
"O ganho que as empresas do setor industrial farmacêutico terão com a redução da tarifa elétrica precisa ser repassado para os trabalhadores do setor. Um benefício que irá reforçar os salários e, consequentemente, contribuir com o crescimento econômico do país. Sendo assim, temos grandes chances de conquistar um bom reajuste salarial e na PLR", afirmou Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da Fequimar.
Informações sobre o setor farmacêutico
Vendas
Tanto as vendas em Real (R$) quanto em unidades vêem crescendo desde 2004, ou seja, são nove anos seguidos de crescimento da indústria farmacêutica brasileira;
Em 2012, as vendas em Real (R$) tiveram um crescimento de 15,12%, sendo o quarto melhor resultado no período;
Já as vendas em unidades tiveram um crescimento de 10,47%, sendo o terceiro melhor resultado;
Comparando os resultados das vendas de 2012 com os de 2003, observam-se os seguintes crescimentos:
234% em R$ (em 2012, as vendas somaram R$ 49,4 bilhões, sendo que em 2003 as vendas somaram R$ 14,8 bilhões);
112% em unidades (em 2012 foram vendidas 1,2 bilhão de unidades, sendo que em 2003, a venda foi de 2,6 bilhões de unidades).
Taxa de rotatividade
A taxa de rotatividade na indústria farmacêutica em São Paulo no ano de 2012 ficou em 12,9%, representando uma queda de 3,7 p.p. em relação à taxa de 2011, a qual foi de 16,6%.
Segundo o Caged, em 2012 a indústria farmacêutica em São Paulo criou 2.363 postos de trabalho formais, representando um aumento de 57,2% em relação ao número de postos de trabalho gerados no ano de 2011, o qual foi de 1.503;
A diferença salarial entre os admitidos e os desligados na indústria farmacêutica em São Paulo foi de 17,7% em 2012;
Isso representou uma queda de 0,3 p.p. em relação a diferença salarial de 2011, a qual foi de 18%.
Segundo a Rais 2011, o número de trabalhadores formais na indústria farmacêutica em São Paulo foi de 51.014;
Esse número representou o segundo maior contingente de trabalhadores formais na indústria farmacêutica em São Paulo entre 2007 e 2011;
O ano com o maior contingente de trabalhadores formais na indústria farmacêutica em São Paulo foi o de 2008, com 52.377;