Mais uma ação contra a nomeação de Caio Paes de Andrade para a presidência da Petrobras foi protocolada esta semana, desta vez na 4ª Vara da Justiça Federal de Niterói, no Rio de Janeiro, pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ).
A ação popular pede uma liminar urgente para que a nomeação de Paes de Andrade seja anulada, alegando que o executivo não preenche os requisitos mínimos para o cargo, como nas outras ações, mas questiona também um possível conflito de interesses pelo fato da ex-mulher de Paes de Andrade, Margot Greenman, de quem se separou em 2020, ser dona de uma empresa que presta serviços para a Petrobras.
Segundo documentação anexada à ação, Greenman é sócia fundadora da Captalys Companhia de Crédito, que por sua vez é sócia da empresa iDtrust Tecnologia de Software Ltda, empresa contratada pela Petrobras para operar a plataforma de antecipação de recebíveis aos fornecedores da estatal, a Finafor.
No mesmo dia da ação do Sindipetro-RJ, a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) também acionaram a Justiça Federal do Rio de Janeiro contra a nomeação de Paes de Andrade. A Anapetro já entrou também na CVM contra a eleição do executivo.
Paes de Andrade tomou posse na presidência da estatal na última terça-feira, 28, sem cerimônia pública.
Até o momento, nenhuma decisão da Justiça foi divulgada.