As escolas municipais de Guarulhos só estarão livres dos pombos, conforme o contrato de R$ 9,5 milhões, firmado pela Secretaria Municipal de Educação com o Consórcio Robotx, daqui a dois anos. Foi o que disse o secretário municipal de Educação, Moacir de Souza, durante audiência da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de sua pasta para 2016, nesta terça-feira, 08, na Câmara Municipal.
Moacir Souza insiste em defender o contrato, assinado em março, com custo total de R$ 9,5 milhões, para repelir os pombos nas proximidades das unidades educacionais e outras instalações da rede municipal de ensino. Ele disse que todo o processo só deve ser concluído até março de 2017, quando um novo prefeito já tiver assumido a administração municiapal. Até agora 20 escolas já receberam o equipamento, pelo qual a Prefeitura já desembolsou R$ 1 milhão.
"Está sendo instalado e está tendo o resultado que a gente esperava. O prazo para que estejam instalados em todas as unidades é de 24 meses. Esse contrato foi assinado no mês de março e tem garantia de 5 anos. Ele fica permanentemente ligado e é muito simples. Aliás, como toda invenção ela é obvia, só que alguém tem que parar e inventar", declarou Moacir Souza.
Entre as escolas que receberam estão a Escola Anita Malfati, na Ponte Grande, Escola Antônio Gonçalves Dias, no Jardim Palmira, que segundo Souza tinha situação crônico, e Escola Chico Mendes, na Vila Isabel.
"Nessas escolas onde foram instalados os equipamentos nós não temos mais o problema desta praga urbana que infelizmente nos atinge. Sei que tem aqui (Câmara Municipal), um Projeto de Lei do Toninho da Farmácia (PRP), que eu acho ser uma campanha muito útil, mas isso tem um tempo pra que a gente consiga resolver por aí e nós tínhamos necessidades imediatas", explicou Moacir.
Apesar do custo empenhado neste projeto ser considerado elevado pelas proporções da proposta, Moacir acredita que os valores negociados com o consórcio Robotx, que tem capital social de apenas R$ 1,00, estão adequados com os praticados em mercado. Ou seja, até a devida entrega em sua totalidade do campo eletromagnético em março de 2017, a municipalidade vai dispor de quase R$ 550 por hora para espantar as aves.
"Agora a empresa fornecedora trabalha com locação ou fornecimento. Aí podem se comparar se os preços estão de acordo com o mercado. Isso consta nos atestados de aquisição do sistema", justificou o secretário.
De acordo com ele, o município possui aprovação da Vigilância Sanitária para viabilizar o uso do campo eletromagnético nas escolas municipais. "Acredito que essa questão deva ter sido analisada antes da autorização. Nós não somos precursores deste sistema. Temos vários outros equipamentos e em sua maioria privados, que constam no processo", encerrou.