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Sistema financeiro é peça-chave na questão ambiental, diz diretor do BC

O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central do Brasil, Luiz Edson Feltrim, afirmou nesta segunda-feira, 21, que o tema do desenvolvimento socioambiental sustentável tem sido uma prioridade para a instituição. Segundo ele, o sistema financeiro é uma peça-chave na questão ambiental, por ser responsável pela intermediação de recursos financeiros.

“Ao incluir a questão socioambiental na análise de risco, o sistema financeiro influencia os preços de ativos e a própria economia. Assim, as empresas que são comprometidas com boas práticas socioambientais podem ser beneficiadas, obtendo recursos a menores custos. Essa é a melhor forma de o sistema financeiro contribuir com esse tema”, comentou na abertura do seminário internacional Sistema Financeiro, Economia Verde e Mudanças Climáticas, promovido pela Febraban.

Segundo Feltrim, essa discussão é um dos maiores desafios do século e ocorre em um momento muito oportuno, em que se constroem as bases para um crescimento sustentável. “Desenvolvimento sustentável é aquele economicamente viável, ambientalmente equilibrado e socialmente justo”, apontou.

O diretor do BC explicou que, no sistema financeiro brasileiro, a questão tem dois aspectos. O primeiro é o da auto-regulamentação, com as instituições locais adotando diversas iniciativas por conta própria. Enquanto isso, a autoridade monetária, enquanto órgão regulador do sistema, também adota diretrizes para nortear o desenvolvimento socioambiental. “O BC tem acompanhado e participado dos principais movimentos na direção de melhores práticas socioambientais, tem se dedicado ao estudo de temas que dizem respeito a isso e discutido um ambiente regulatório propício para a disseminação das melhores práticas de sustentabilidade”, afirmou.

Feltrim lembrou que desde 2011 O BC passou a exigir das instituições financeiras demonstrativos de como elas consideram a questão socioambiental na análise de risco, em especial em projetos de infraestrutura, geração de energia, extração de recursos naturais, agropecuária e indústria química. Ele lembrou que as operações financeiras precisam ser viáveis economicamente, mas também socialmente justas e ambientalmente corretas, conservando recursos naturais para a presente e futuras gerações.

“Temos buscado diálogo constante com diversos atores para permitir uma contínua atualização da agenda e desafios relativos ao tema. Estamos na trilha certa pra enfrentar os desafios que nos têm sido impostos”, afirmou.

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