O São Paulo, enfim, entregou ao seu torcedor uma atuação convincente. Com um bom futebol, de efetividade no ataque e segurança defensiva, o time de Rogério Ceni fez 3 a 0 em cima do Santos no clássico disputado na noite deste domingo, válido pela oitava rodada do Campeonato Paulista. Com isso, deu paz ao seu treinador e afundou o rival da Vila Belmiro, que levou seis gols em dois jogos e sofreu o segundo revés consecutivo.
Todos os setores do São Paulo funcionaram neste domingo. Até jogadores questionados, como Rodrigo Nestor, tiveram brilho. O meio-campista fechou o triunfo em Santos. Antes, Eder marcou após assistência de Nikão, que fez seu melhor jogo com a camisa tricolor, e Eduardo Bauermann fez contra em dividida com Gabriel Sara.
O São Paulo dá paz a Rogério Ceni e ganha fôlego no Paulistão. Ainda sim, continua na vice-liderança do Grupo B, com 11 pontos, três a menos que o líder São Bernardo. No D, o Santos soma nove e pode ver o Bragantino abrir sete pontos de vantagem na dianteira da chave. O elenco santista vai treinar ainda mais pressionado durante a semana e a diretoria se apressa para encontrar um substituto para Fábio Carille.
Santos e São Paulo, até pelo momento em que vivem, fizeram um primeiro tempo nervoso na Vila Belmiro. De reclamações, provocações, excesso de faltas, longos minutos de jogo parado e pouco futebol. Os anfitriões apostaram na velocidade de Ângelo pela direita, setor em que o jovem muitas vezes levou a melhor sobre Reinaldo e Alisson. Os visitantes, como nas outras partidas, centralizaram seu jogo nos cruzamentos.
As bolas alçadas à área que viraram rotina deram resultado no clássico. Em uma delas, Nikão enxergou espaço na defesa do rival e cruzou para Eder, que se antecipou a Madson e abriu o placar de cabeça aos 21 minutos. Foi o primeiro gol do centroavante em 2022.
O Santos tentou jogar, mas esbarrou nas suas limitações técnicas. Ricardo Goulart, o cérebro do time, arriscou algumas tabelas com seus jovens companheiros de ataque. A equipe deixou o gramado no primeiro tempo reclamando ter havido duas penalidades que a árbitra Edina Alves não marcou: uma em Marcos Leonardo, nos minutos iniciais, e outra no fim, em carrinho de Reinaldo em cima de Ângelo.
No segundo tempo, o São Paulo sobrou ao usar os espaços que lhe foram dados com inteligência, corrigiu o problema de marcação no lado esquerdo com Léo na vaga de Reinaldo e matou o jogo em poucos minutos com participações de atletas que saíram do banco. Rodrigo Nestor e Calleri foram decisivos para a construção da vitória.
O centroavante argentino encontrou Alisson, que deixou Gabriel Sara em boas condições para marcar. O meia dividiu com Eduardo Bauermann e a bola entrou. O gol, marcado aos 20 minutos, foi dado para o zagueiro santista. Sete minutos depois, Rodrigo Nestor acertou um bonito chute próximo da meia-lua no canto esquerdo de João Paulo e sacramentou a vitória são-paulina fora de casa.
O Santos tentou ao menos diminuir o prejuízo, mas não foi capaz de sequer balançar as redes em casa e deixou frustrado e revoltado os quase 10 mil torcedores que foram ao estádio.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 0 X 3 SÃO PAULO
SANTOS – João Paulo; Madson (Marcos Guilherme), Kaiky, Eduardo Bauermann e Lucas Pires; Sandry (Lucas Barbosa), Camacho (Gabriel Pirani) e Ricardo Goulart (Vinícius Zanocelo); Angelo, Lucas Braga (Rwan) e Marcos Leonardo. Técnico (interino): Marcelo Fernandes.
SÃO PAULO – Jandrei; Igor Vinícius (Rafinha), Diego, Miranda e Reinaldo (Léo); Pablo Maia, Igor Gomes (Rodrigo Nestor), Gabriel Sara, Alisson e Nikão (Marquinhos); Eder (Calleri). Técnico: Rogério Ceni.
GOLS – Eder, aos 23 minutos do primeiro tempo; Eduardo Bauermann (contra), aos 20, e Rodrigo Nestor, aos 25 do segundo.
ÁRBITRA – Edina Alves Batista.
CARTÕES AMARELOS – Diego, Lucas Pires, Eder e Vinícius Zanocelo.
PÚBLICO – 9.553 presentes.
RENDA – R$ 247.352,50.
LOCAL – Vila Belmiro.