Entre altos e baixos no ano, com o título do Campeonato Paulista que tirou o clube da "seca" depois de nove anos sem levantar um troféu, mas com uma das piores campanhas do Campeonato Brasileiro até agora, o São Paulo terá a chance de respirar e não entrar em pleno sufoco. A equipe da capital paulista enfrentará o Racing, nesta terça-feira, na Argentina, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores. Mas dois fatores pesam, desfavoravelmente, na balança: o momento do clube e o retrospecto recente em solo argentino.
O clima é de cobrança de uma parcela dos são-paulinos que acreditam que o técnico argentino Hernán Crespo não está mais fazendo um bom trabalho. Depois da derrota em casa para o Fortaleza, no último sábado, não demorou muito para torcidas organizadas soltarem críticas ao elenco e ao comandante.
O presidente do São Paulo, Julio Casares, foi às redes sociais defender a continuidade do trabalho do treinador, ressaltando que as dificuldades financeiras do clube estão sendo sanadas. "Estamos trabalhando para reconstruir o clube. Reorganizando e quitando as dívidas terríveis de curtíssimos prazos. O planejamento continua com serenidade e total apoio da diretoria ao competente técnico Hernan Crespo", disse em sua conta no Twitter.
Além do momento ruim, o retrospecto recente na Argentina, pela Libertadores, também não é favorável. A última vitória do São Paulo em um estádio do país vizinho foi contra o River Plate, na semifinal, em 2005, quando garantiu o tricampeonato da competição. Desde então, foram seis jogos sem vitória naquele país em algumas edições do torneio.
Nesta segunda-feira, no último treino antes da decisão contra o Racing, o zagueiro Miranda e o meia argentino Rigoni, que estavam lesionados e não jogaram na primeira partida, devem retornar à equipe. Como desfalques, os atacantes Luciano e Eder ainda seguem no departamento médico e o lateral-direito Daniel Alves, convocado para a Olimpíada de Tóquio-2020, já está com a delegação da seleção brasileira no Japão.