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Só uma Etec segue ocupada em São Paulo

Os estudantes que ocupavam as escolas técnicas estaduais (Etecs) deixaram quase todos os prédios até este fim de semana. Nesta segunda-feira, 16, o Centro Paula Souza, que administra os colégios, disse que só uma unidade segue tomada pelos estudantes: A Abdias do Nascimento, em Paraisópolis, zona sul da capital.

A saída das ocupações teve início na última sexta-feira, 13, depois de o governo Geraldo Alckmin (PSDB) adotar nova estratégia e realizar quatro reintegrações de posse sem mandado judicial. Quase 100 alunos, a maioria menor de idade, foram conduzidos às delegacias para prestar esclarecimentos, acusados de terem depredado as unidades.

Além disso, a principal pauta dos estudantes – a substituição da chamada “merenda seca”, com bolachas e suco, por refeição, foi atendida pelo governo estadual. Há duas semanas o governo anunciou que faria uma consulta às escolas para os alunos decidirem se queriam substituir o lanche por marmitex. A mudança passaria a valer em agosto.

Outra dificuldade dos estudantes foi enfrentar um movimento de pais e estudantes que, incentivados pela direção das unidades, eram contrários às ocupações. Na Etec Basilides de Godoy, por exemplo, a Polícia Militar acompanhou toda a ação de fora.

Até a sexta-feira, o Centro Paula Souza afirmou ter calculado prejuízo ao patrimônio de R$ 120 mil em nove das unidades desocupadas. A autarquia alega que os ocupantes danificaram mobiliário, central de telefonia, circuito de câmeras e que discos rígidos dos computadores foram furtados.

Na Etesp, primeira Etec ocupada, o órgão contabilizou “portas arrombadas, fechaduras e móveis danificados, estragos na alvenaria, encanamento e até em materiais usados pelos alunos”.

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