Estadão

Sob ameaça de queda, Gilson Kleina vai completar seu 200º jogo pela Ponte Preta

O que era para ser um feito comemorado, de repente pode se transformar em uma marca fatídica para o técnico Gilson Kleina. Nesta sexta-feira ele completará o seu 200.º jogo no comando da Ponte Preta, mas vai enfrentar o Goiás pressionado pela fraca campanha no Campeonato Brasileiro da Série B. Corre o risco de ser demitido.

De qualquer forma, Gilson Kleina já faz parte da história do clube de Campinas (SP). Ele é o quarto técnico com mais jogos na história da Ponte Preta, que em agosto vai completar 121 anos. Fica atrás somente de Cilinho (345 jogos), Nico (260) e Zé Duarte (245).

O retrospecto geral é positivo com 76 vitórias, 58 empates e 65 derrotas – com aproveitamento de 47,9%. Mas é altamente negativo na atual Série B, onde só conseguiu uma vitória em 13 jogos, além de seis empates e seis derrotas. Com nove pontos ocupa a 19.ª e penúltima posição, dentro da indesejada zona de rebaixamento para a Série C de 2022.

Gilson Kleina é persistente e tenta tirar leite de pedra. Mas esta, talvez, seja a pior das suas cinco passagens no comando do time. Antes ele dirigiu a Ponte Preta em 2011/2012, 2017, 2018 e 2019/2020. Uma nova derrota pode confirmar a sua queda.

A demissão seria, em princípio, a maneira mais prática da diretoria justificar os maus resultados, sem considerar as fragilidades do elenco. Os jogadores também estão sendo cobrados pelas más atuações e até o presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, tem sido criticado pela oposição.

A verba do departamento de futebol está minguando e desde junho começaram a ocorrer atrasos nos pagamentos dos direitos de imagens. O presidente parece isolado diante de uma oposição que apresenta, no momento, duas chapas para concorrer às eleições em novembro deste ano. Há, inclusive, uma corrente que exige mudança geral no clube, com a saída do presidente, do técnico e de alguns jogadores.

O técnico garante que vai cumprir sua meta de recuperar o time. "Não aceito outra coisa, a não ser a presença da Ponte em melhores posições. Nós temos um grupo bom e que pode ser reforçado, caso seja necessário", disse Gilson Kleina.

O time vem de duas derrotas seguidas. Caiu em casa diante do Remo, por 2 a 1, e depois perdeu para o Vitória, por 1 a 0, em Salvador. A escalação para este jogo contra o Goiás, em Campinas, válido pela 14.ª rodada, ainda está indefinida. Existem algumas dúvidas. A provável formação é esta: Ivan; Felipe Albuquerque, Fábio Sanches, Cleylton e Rafael Santos (Jean Carlos); André Luiz, Vini Locatelli (Lucas Cândido) e Camilo; Fessin (Richard), Moisés e Rodrigão.

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