Estadão

Sob Ômicron, Rio tem baile fechado, bloco em quadras e minidesfiles

O carnaval de 2022 foi oficialmente adiado pela prefeitura do Rio para abril, por causa do avanço da variante Ômicron da covid-19, com retomada de casos e, em ritmo menor, de mortes. Os cariocas, porém, não esqueceram a festa. O fim de semana carnavalesco na cidade foi marcado por bailes fechados, festas em quadras de agremiações e blocos clandestinos. Houve até um minidesfile das escolas de samba do Grupo Especial, embora longe da Marquês de Sapucaí.

Em evento organizado pela Liga das Escolas de Samba (Liesa) na Cidade do Samba, seis escolas se apresentaram na noite de sábado. Foi uma prévia do que será o desfile oficial deste ano, transferido para o feriado de Tiradentes. Imperatriz Leopoldinense, São Clemente, Vila Isabel, Salgueiro e Beija-Flor fizeram apresentações no palco, com cerca de 150 integrantes cada. Eram passistas, ritmistas, baianas, mestre-sala e porta-bandeiras e Velhas Guardas. Cantaram seu antigos sucessos, mas também apresentaram os sambas compostos para este ano.

Além das apresentações no palco da Cidade do Samba, as agremiações fizeram pequenos desfiles na pista que circunda a praça central do espaço, voltado à produção de alegorias e fantasias. A pista ganhou um tratamento similar ao recebido pelo sambódromo, com pintura e iluminação cênicas. Houve até queima de fogos abrindo apresentações, como na Marquês de Sapucaí. Segundo os organizadores, o evento reuniu 5 mil pessoas.

Na noite deste domingo, 27, estava prevista a apresentação de Paraíso do Tuiuti, Unidos da Tijuca, Mangueira, Mocidade Independente, Grande Rio e Viradouro – campeã do carnaval de 2020, o último antes do agravamento da pandemia. A apresentação do evento ficou a cargo do carnavalesco e comentarista Milton Cunha.

<b>Blocos</b>

As quadras das escolas de samba também realizaram eventos fechados – mediante apresentação do passaporte vacinal – neste fim de semana. O CarnaPortela vai até amanhã, com atrações como a cantora Alcione. No Salgueiro, vários blocos se apresentam no CarnaSal. Anteontem, a Mangueira fez um evento no Palácio do Samba, acompanhado do bloco Céu na Terra.

Os bailes fechados, que também estão autorizados mediante apresentação do passaporte vacinal, foram outra alternativa para os blocos que não puderam se apresentar nas ruas. Só o Cordão da Bola Preta, um dos mais tradicionais blocos do Carnaval do Rio, tem 13 apresentações previstas. Neste domingo foram duas: no Baile de Carnaval do Clube do Samba, no Vivo Rio, e no CarnaPortela, na quadra da Portela, em Madureira.

<b>Clandestinos</b>

A Secretaria de Ordem Pública (Seop) e a Guarda Municipal desmobilizaram oito blocos de carnaval na cidade do Rio neste fim de semana. Foram três dispersões no sábado e cinco, no domingo. A área de maior concentração desses grupos foi o Centro. Antes da pandemia, as ruas da região costumavam ser tomadas pelos foliões durante a festa. Mas neste ano os blocos foram proibidos, em uma tentativa da prefeitura de conter a proliferação da variante Ômicron do coronavírus.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Seop informou que monitora, por meio do setor de inteligência, eventos irregulares. A Guarda Municipal atua na desmobilização desses eventos. Os órgãos pedem "a conscientização e a colaboração da população para evitar participar de eventos do tipo". Ao todo, 1.260 agentes participam das operações. Oficialmente, a informação é de que a dispersão tem sido feita de forma rápida, à base do diálogo.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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