Um homem que estava internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), no Rio de Janeiro, após ter sido baleado durante operação conjunta das polícias na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na zoan norte, orreu na madrugada desta quinta-feira, 26. Com isso, o total de vítimas durante a ação de terça-feira, 24, chegou a 25.
O número pode ser ainda maior, uma vez que um menor de idade foi levado sem vida à UPA do Complexo do Alemão, próximo à Penha, na manhã da operação. A Secretaria Municipal de Saúde informou apenas que não havia identificação e que "ele chegou na unidade já em óbito".
Além das mortes já confirmadas, outras três pessoas seguem internadas no Hospital Getúlio Vargas. O quadro de uma delas é considerado grave.
Considerada a segunda operação mais letal da história do Estado, a ação de terça-feira só aparece atrás da chacina do Jacarezinho, no ano passado, quando 28 pessoas foram mortas. As duas ações aconteceram enquanto vigora uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela restringe operações policiais nas favelas cariocas por causa da pandemia de covid-19. Na terça-feira, o ministro Edson Fachin demonstrou preocupação com a ação. Cobrou investigações sobre "todas as circunstâncias".
O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Rio (MPRJ) abriram procedimentos para apurar a ação dos policiais nas mortes. A Defensoria Pública também enviou um ofício ao Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio.