Homens armados em três veículos utilitários fizeram uma emboscada e abriram fogo contra um ônibus que levava peregrinos cristãos coptas para um monastério no centro do Egito, nesta sexta-feira. O número de mortos no ataque subiu para pelo menos 28, com outras 24 pessoas feridas, informou o Ministério do Interior.
Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, mas a suspeita recai sobre o Estado islâmico, cujo grupo afiliado egípcio disse que estava por trás de um ataque suicida no mês passado contra uma igreja copta em Alexandria e por outro em Tanta, no qual pelo menos 45 fiéis morreram.
O presidente egípcio, Abdel Fattah Al Sisi, convocou uma reunião de emergência de funcionários de segurança nacional para discutir o ataque, ocorrido durante uma breve parada do ônibus. O veículo seguia para o monastério de São Samuel, em Minya, a 300 quilômetros da capital, Cairo. Minya tem a maior população de cristãos coptas do país e é um alvo frequente de ataques feitos por muçulmanos radicais há mais de uma década.
No fim da sexta-feira, o Egito lançou seis ataques aéreos no leste da Líbia, em resposta à ação de homens não identificados que mataram 28 cristãos coptas em uma emboscada no sul do Cairo mais cedo, informaram os militares egípcios em comunicado. Os militares afirmaram que os ataques foram realizados após se determinar que a ação contra os coptas partiu de militantes treinados na Líbia.
Os ataques foram os primeiros lançados pelo Egito na Líbia desde 2015 e foram realizados após o presidente falar em discurso televisionado à nação, quando prometeu uma resposta agressiva ao ataque. Sisi não mencionou a Líbia, mas a agência estatal Mena disse que foram atacados locais usados por militantes perto da cidade líbia de Derna. Fonte: Dow Jones Newswires.