O número de mortos de uma série da ataques aéreos sírios contra um reduto do grupo Estado Islâmico no nordeste da Síria subiu para 95, o que torna a ação contra Raqqa a mais violenta dos últimos três anos.
Alguns dos ataques realizados na terça-feira atingiram uma popular área comercial, perto de um museu e de um bairro industrial da cidade, ao longo do rio Eufrates, provocando a morte de muitos civis.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, elevou o número de mortos para 95. Seu diretor, Rami Abdurrahman, disse que dentre eles há 52 civis, cujos nomes o grupo é capaz de documentar. Segundo ele, há três mulheres e quatro crianças neste grupo. Pelo menos outras 120 pessoas ficaram ferida nos ataques, de acordo com o grupo.
Outros grupos ativistas, dentre eles os Comitês de Coordenação Locais e um coletivo sediado em Raqqa chamado “Raqqa está sendo Silenciosamente Abatida”, estimam que mais de 100 pessoas foram mortas. Não estava claro quantos militantes estavam dentre as vítimas fatais.
A Associated Press não pôde confirmar, de forma independente, os números apresentados sobre o ataque à cidade, que está totalmente sob controle do Estado Islâmico.
O governo sírio, assim como a coalizão liderada pelos Estados Unidos, costuma bombardear alvos do Estado Islâmico em Raqqa, mas não estava claro o que provocou um ataque tão intenso na terça-feira. O grupo militante matou centenas de soldados sírios nos últimos meses e recentemente publicou um vídeo no qual mostra o que afirma ser a decapitação de dezenas de soldados sírios.
O grupo controla atualmente um terço da Síria e do Iraque, declarando o território como parte de seu “califado”, onde impera sua própria e violenta interpretação da lei da sharia. Os militantes do grupo também decapitaram e mataram a tiros centenas de reféns. Fonte: Associated Press.