Economia

Sobe para oito o número de escolas estaduais ocupadas por alunos em SP

A Polícia Militar confirmou a oitava escola ocupada por estudantes contra a reorganização da rede estadual de ensino. A Escola Estadual Professor Pio Tellex Peixoto, em Jaguará, zona oeste de São Paulo, foi trancada pelos alunos, mas o movimento é pacífico, segundo a PM.

Mais cedo, a Escola Estadual Dona Ana Rosa de Araújo, no Butantã, zona oeste da capital, foi ocupada. Os alunos entraram e trancaram o colégio na manhã desta sexta-feira, 13, impedindo a entrada de outras pessoas.

Representantes da diretoria regional Centro-Oeste, que também respondem pela Fernão Dias Paes, em Pinheiros, tentam negociar com os manifestantes.

No ABC paulista, a Escola Estadual Valdomiro Silveira, em Santo André, foi ocupada na noite desta quinta-feira, 12. Segundo a Polícia Militar, integrantes da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) de Santo André invadiram o pátio e o estacionamento da escola por volta das 18h30.

Está previsto o fechamento da unidade após a implantação das mudanças na rede pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

Na manhã desta sexta-feira, os estudantes trancaram a escola com correntes e cadeados e impediram a entrada de funcionários e professores. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, a diretoria de ensino da cidade tenta negociar a liberação da escola com os manifestantes.

Reintegração de posse

O governo do Estado conseguiu uma liminar para a reintegração de posse do prédio da Escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste, que chamou a atenção pela forte presença da Polícia Militar no entorno.

A medida liminar obtida pelo governo vale para todas as escolas da capital – também houve ocupações em unidades na Escola Estadual Castro Alves, na Vila Mazzei, zona norte, e na Presidente Salvador Allende Gossens, em José Bonifácio, zona leste.

A Procuradoria-Geral do Estado não informou como vai atuar sobre as ocupações em outras cidades – há uma unidade tomada em Osasco, a Escola Estadual Professora Heloisa de Assumpção, e outra em Diadema, a Escola Estadual Diadema.

Audiência de conciliação

Três alunos deixaram, por volta das 15 horas, a escola Fernão dias Paes para ir à audiência de conciliação com a Secretaria de Educação no Tribunal de Justiça. Houve confusão na saída dos estudantes porque apenas uma conselheira tutelar pôde acompanhar os alunos. As advogadas dos alunos não puderam entrar no veículo que vai levá-los até a audiência.

Os manifestantes cercaram o veículo e houve uma confusão com a polícia que tentava liberar a passagem do carro. O veículo precisou avançar sobre os manifestantes na Avenida Teodoro Sampaio, que não está bloqueada pela polícia.

De acordo com a capitão da Polícia Militar, Cibele Marsolla, as advogadas não foram impedidas de acompanhar os estudantes, mas haviam acordado antes com as conselheiras tutelares que iriam em carros separados. “Como estava com muita gente por perto, muitos jornalistas, elas começaram a gritar que queriam ir junto e estavam sendo impedidas.”

De acordo com a capitão, o que houve foi um “problema de comunicação” que poderia ter gerado danos aos manifestantes.

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